Segundo um comunicado do governo, citado pela agência de notícias iraniana Tasnim, os mortos foram dividos por grupos: “agentes de segurança; indivíduos que foram mortos em ataques terroristas; cidadãos inocentes que morreram como resultado da eliminação de grupos armados; participantes de tumultos, bem como membros de grupos contrarrevolucionários e separatistas”.
Motins violentos eclodiram no Irã em meados de setembro em conexão com a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu sob custódia policial após ser detida por usar um hijab de modo inapropriado.
A violência nas ruas está concentrada principalmente nas províncias de Gilan, Khuzestan, Sistan e Baluchestan, Teerã e Curdistão.
Muitos iranianos atribuíram a morte de Amini à controversa polícia de moralidade, alegando que os policiais a atingiram na cabeça durante o interrogatório. Teerã acredita que a agitação foi instigada pelos setores de inteligência de alguns países no exterior.
O comandante do Exército iraniano, major-general Seyyed Abdolrahim Mousavi, afirmou recentemente que a recente agitação social no Irã é parte de um plano dos Estados Unidos para interromper as negociações sobre a restauração do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), também conhecido como acordo nuclear iraniano.
Agências de aplicação da lei prenderam pessoas recrutadas por serviços de inteligência de Israel e Arábia Saudita, de acordo com Teerã. Grande quantidade de armas regularmente fornecidas aos manifestantes foram apreendidas nas fronteiras do Irã.
Desde que os protestos em todo o país começaram, há mais de dois meses, Teerã convocou vários embaixadores estrangeiros por causa dos comentários sobre os distúrbios feitos por seus funcionários.