De acordo com Hossein Kermanpour, chefe de relações públicas do Ministério da Saúde do Irã, ao menos 13 crianças perderam a vida desde o início das ofensivas de Israel contra o Irã, na noite do dia 12 de junho, sendo que a criança mais nova tinha apenas dois meses.
A última atualização, realizada no sábado (21/6), indica que mais de 400 pessoas foram mortas desde o começo do conflito, com pelo menos 3.056 feridos.
“Desde o início do confronto de Israel contra nosso povo, 163 mulheres ficaram feridas e 44 mulheres foram martirizadas, dentre elas duas grávidas que faleceram junto com seus fetos”, relatou Kermanpour.
Segundo ele, o paciente mais jovem ferido tem 4 anos e está internado na UTI com 50% do corpo queimado. “A mãe da criança, Rasouli, que é ginecologista, seu pai e sua irmã de dois meses também foram martirizados”, completou o porta-voz do Ministério da Saúde do Irã.
Conflito entre Irã e Israel
Israel intensificou os ataques aéreos contra o Irã na manhã de segunda-feira (23/6). O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, informou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão atacando locais no centro de Teerã com uma força sem precedentes. Os ataques visam a sede da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), e, segundo as IDF, vários soldados iranianos foram mortos.
As IDF declararam que os ataques atingiram a sede da Basij em Teerã, considerada uma das bases do IRGC, responsável por impor o código islâmico e denunciar civis às autoridades em caso de violações.
Além disso, os ataques afetaram o Corpo de Alborz, que tem a função de proteger cidades na província de Teerã e garantir a estabilidade do regime, além de atingir a inteligência e a polícia de segurança interna do Irã.
Enormes nuvens de fumaça foram vistas cobrindo partes da cidade.
Bombardeio em instalação nuclear
Mais cedo, Israel realizou uma ofensiva contra a instalação nuclear subterrânea de Fordow, localizada dentro de uma montanha, um dos locais mais importantes para o programa nuclear iraniano.
Segundo um relatório das IDF, o objetivo do ataque foi dificultar o acesso ao local, após o bombardeio realizado pelos EUA no fim de semana.