O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) precisa subir no máximo 0,56% em dezembro para que o ano de 2025 termine com uma inflação de 4,5%, conforme a meta estabelecida pelo Banco Central, explicou Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para que a inflação feche o ano no centro da meta, que é 3,0%, a inflação de dezembro teria que cair 0,89%, informou Gonçalves. Segundo ele, qualquer variação entre uma queda de 0,89% e uma alta de 0,56% faz o índice ficar dentro da meta do Banco Central.
Em novembro, o IPCA aumentou 0,18%, o valor mais baixo para o mês desde 2018, quando em novembro de 2024 a alta tinha sido 0,39%.
A inflação acumulada em 12 meses caiu pelo segundo mês seguido, passando de 4,68% em outubro para 4,46% em novembro de 2025, o menor resultado desde setembro de 2024, quando estava em 4,42%.
Essa é a primeira vez no ano que o índice fica abaixo do teto da meta de inflação, destacou o pesquisador do IBGE.
Para dezembro, as previsões indicam que a inflação não deve ter grandes aumentos. A energia elétrica pode ficar mais barata porque a bandeira tarifária vai diminuir da vermelha patamar 1 para a amarela. Isso representa uma redução no custo.
Além disso, os preços do transporte urbano podem cair em algumas cidades, caso haja gratuidade de ônibus em dias especiais como Natal ou Ano Novo. Por exemplo, em Belo Horizonte, o transporte de ônibus aos domingos já é gratuito.

