A previsão mediana do relatório Focus para a inflação medida pelo IPCA em 2025 diminuiu ligeiramente, passando de 4,72% para 4,70%. Este valor permanece 0,20 ponto percentual acima do teto estabelecido pela meta, que é de 4,50%. No mês passado, a previsão era um pouco maior, em 4,83%. Considerando apenas as 49 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana permanece em 4,70%.
Para o ano de 2026, a previsão caiu levemente de 4,28% para 4,27%. Um mês atrás, a estimativa era de 4,29%. Observando apenas as 48 estimativas recentes, a mediana subiu de 4,20% para 4,28%.
Banco Central projeta que o IPCA será de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 2026, conforme divulgado no último ciclo do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o primeiro trimestre de 2027, o colegiado espera uma inflação anual de 3,4%.
Na última decisão, o Copom manteve a taxa Selic em 15% e destacou a necessidade de cautela na política monetária devido à alta incerteza. O comitê continuará a observar se essa taxa elevada por um período prolongado será suficiente para a inflação convergir para a meta.
O comitê também afirmou que, com o cenário se ajustando conforme esperado, manterá a taxa atual por um tempo considerável para garantir que a inflação volte ao objetivo.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com objetivo central em 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Caso a inflação ultrapasse essa faixa por seis meses seguidos, considera-se que o Banco Central não alcançou a meta, algo que ocorreu após o IPCA de junho ser divulgado em julho. A autoridade monetária divulgou uma carta aberta indicando expectativa de redução da inflação para menos de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.
Para 2027, a mediana do Focus para o IPCA caiu de 3,90% para 3,83%, e para 2028, a previsão diminuiu de 3,68% para 3,60%.
Estadão Conteúdo