O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação, indicou que os preços dos bens e serviços no Brasil tiveram aumento de 0,20% em novembro. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 26 de novembro.
O IPCA-15 apresenta diferenças para o IPCA oficial, especialmente na área geográfica abrangida e no período de coleta, que inicia em 16 do mês anterior. Por isso, ele serve como uma estimativa antecipada do IPCA.
Este índice abrange famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos e inclui regiões importantes como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
A próxima divulgação, que trará dados de dezembro, está programada para o dia 23 de dezembro.
Destaques e comportamento recente do IPCA-15
No acumulado dos últimos 12 meses, a prévia da inflação mostrou alta de 4,5%, ligeiramente inferior aos 4,94% registrados nos 12 meses anteriores. No ano, o aumento acumulado é de 4,15%. Em novembro de 2024, o índice foi de 0,62%, enquanto em outubro foi de 0,18%.
O resultado de outubro foi influenciado principalmente por despesas pessoais, que subiram 0,85%, saúde e cuidados pessoais com 0,29%, e transportes que cresceram 0,22%. Dentro das despesas pessoais, os maiores aumentos foram em hospedagem (4,18%) e pacotes turísticos (3,90%).
Por outro lado, algumas categorias apresentaram queda, contribuindo para reduzir o índice, como artigos de residência (-0,2%) e comunicação (-0,19%).
Variações por grupo de despesas
- Alimentação e bebidas: 0,09%
- Habitação: 0,09%
- Artigos de residência: -0,2%
- Vestuário: 0,19%
- Transportes: 0,22%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,29%
- Despesas pessoais: 0,85%
- Educação: 0,05%
- Comunicação: -0,19%
Perspectivas futuras para a inflação
O mercado financeiro esperava uma alta para a prévia da inflação de novembro. A Warren Investimentos estimava que o índice subiria 0,13%, elevando a inflação acumulada em 12 meses para 4,43%. A consultoria também previa uma leve redução no grupo Habitação, devido à queda nos preços da energia elétrica e estabilidade nos valores dos aluguéis. Além disso, a expectativa era que os preços dos eletrônicos caíssem em função da Black Friday.
Já o banco Daycoval previa uma alta maior, de 0,19%, impulsionada pelos preços dos alimentos, passagens aéreas e refeições fora de casa.
De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, a projeção do mercado é que o índice de inflação encerre 2025 em 4,45%, o que está acima do centro da meta que é de 3%. Entretanto, o índice previsto permanece dentro da margem de tolerância, que permite variação entre 1,5% e 4,5%.
O Ministério da Fazenda estima que a inflação para 2025 será de 4,6%, conforme relatório divulgado pela Secretaria de Política Econômica em 13 de novembro.
