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sexta-feira, 12/12/2025

Investir na bioeconomia pode criar muitos empregos até 2050

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O estudo “Nova Economia da Amazônia”, divulgado pela WRI Brasil em 2023, prevê a criação de entre 600 mil e 800 mil novos empregos até 2050, além de um incremento de R$ 38,6 bilhões no Produto Interno Bruto da região, caso sejam implementadas políticas públicas eficazes e investimentos adequados em bioeconomia.

Desde junho de 2024, o governo brasileiro instituiu, por meio de decreto federal, a chamada “Estratégia Nacional de Bioeconomia”, que inclui o desenvolvimento de um Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio) para ampliar as ações e investimentos nessa área no país.

Inspirada no Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, que está em vigor há cerca de três anos e é pioneiro no Brasil, essa estratégia nacional já apresenta diversas iniciativas destinadas a fomentar o setor.

Prospera Sociobio

Durante a COP 30, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou duas iniciativas importantes para a bioeconomia. Uma delas, o Prospera Sociobio, conta com um investimento de R$ 120 milhões para criação de seis Núcleos de Desenvolvimento focados na “Sociobioeconomia na Amazônia”, fruto da colaboração com o governo da Alemanha.

O edital inicial prevê selecionar organizações regionais que já atuem no fortalecimento de negócios sustentáveis, destinando R$ 70 milhões significativamente para esses núcleos, com R$ 11,5 milhões para cada um. As organizações participantes podem incluir entidades da sociedade civil, empresas sociobioeconômicas, institutos de pesquisa e ensino, instituições de ciência, tecnologia e inovação, além de entidades de assistência técnica, extensão rural e agentes financeiros.

Bioeconomy Challenge

No mesmo evento, o MMA também lançou o Bioeconomy Challenge, uma plataforma global que funcionará até 2028 com o objetivo de transformar os 10 Princípios de Alto Nível da Bioeconomia em ações práticas e mensuráveis.

Essa iniciativa reúne governos, empresas, academia, sociedade civil e especialistas de mais de 20 países, visando o estabelecimento de metas claras, busca por financiamento e mercados, e o fortalecimento da sociobioeconomia como estratégia de desenvolvimento que envolve diretamente pessoas e comunidades.

A plataforma terá quatro grupos de trabalho especializados: métricas e indicadores em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mecanismos de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), desenvolvimento de mercado e comércio com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e sociobioeconomia e benefícios comunitários com o World Resources Institute.

O estado do Pará, pioneiro no Brasil nessa área, já está expandindo significativamente sua bioeconomia. Conforme dados da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, 2,3 mil negócios foram beneficiados pelo Plano Estadual de Bioeconomia, iniciado em 2022, movimentando R$ 9 bilhões em 13 cadeias produtivas.

Esse valor corresponde atualmente a 3,8% do PIB do Pará, impactando positivamente mais de 400 mil famílias locais.

Em outubro do ano passado, como parte das ações do Plano Estadual, foi inaugurado em Belém o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que integra pesquisa e desenvolvimento industrial com os conhecimentos tradicionais da região, visando transformar a biodiversidade da Amazônia em oportunidades de negócios sustentáveis.

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