O Banco Central informou que o investimento estrangeiro direto no Brasil totalizou US$ 10,671 bilhões em setembro, superando as expectativas, que indicavam entre US$ 5 a 7,5 bilhões.
No acumulado de 2025, esse investimento chegou a US$ 63,320 bilhões, e nos últimos 12 meses, totalizou US$ 75,843 bilhões, representando 3,47% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Para 2025, o Banco Central prevê que o investimento direto alcance US$ 70 bilhões, ou 3,1% do PIB, conforme o Relatório de Política Monetária de setembro.
Investimento em ações
O aporte estrangeiro em ações brasileiras registrou saída líquida de US$ 988 milhões em setembro, um valor menor que o negativo de US$ 1,684 bilhão no mesmo mês do ano anterior.
O investimento em fundos de investimento no Brasil foi positivo, com US$ 416 milhões em setembro, contra US$ 246 milhões em setembro de 2024.
O saldo em investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa negociados no Brasil foi positivo em US$ 5,001 bilhões, superior aos US$ 4,396 bilhões do ano anterior.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o investimento em ações mostrou saldo negativo de US$ 2,613 bilhões, fundos negativos em US$ 729 milhões, enquanto os títulos nacionais tiveram saldo positivo de US$ 14,259 bilhões.
Taxa de rolagem
A taxa de renovação de empréstimos de médio e longo prazo tomados no exterior ficou em 137% em setembro, comparado a 90% no mesmo mês de 2024.
Quando essa taxa está acima de 100%, indica que as empresas captaram recursos suficientes no mercado externo para quitar suas dívidas que venceram no período.
A taxa para títulos de longo prazo foi de 140% em setembro, contra 205% em 2024. Os empréstimos diretos tiveram taxa de 137%, ante 69% no ano anterior.
No acumulado de janeiro a setembro, a taxa de rolagem foi de 91%, contra 109% no mesmo período do ano anterior.
Estadão Conteúdo
