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segunda-feira, 13/10/2025

Inteligência artificial ajuda no diagnóstico do glaucoma

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Um novo algoritmo baseado em inteligência artificial conseguiu identificar se um paciente tem glaucoma apenas analisando uma única imagem da retina. Essa doença afeta o nervo óptico e pode levar à cegueira permanente. A informação foi dada pelo coordenador do Setor de Glaucoma do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rodrigo Lindenmeyer.

Rodrigo Lindenmeyer explicou que a inteligência artificial ainda está em fase inicial para ser usada na prática médica diária, mas é uma tecnologia muito promissora. Ela pode oferecer métodos de diagnóstico mais baratos, portáteis e acessíveis, especialmente em regiões com menos recursos.

Em entrevista, Rodrigo Lindenmeyer destacou que o algoritmo mostrou-se mais sensível do que o software usual dos aparelhos de retinografia. No entanto, o uso da inteligência artificial no controle e prevenção do glaucoma ainda está em fase de estudos e precisa de muitos testes para garantir precisão e segurança antes de ser usado rotineiramente em clínicas e hospitais. Segundo ele, é provável que essa tecnologia esteja disponível para pacientes em cerca de dez anos.

Rodrigo Lindenmeyer enfatizou que aproximadamente metade das pessoas com glaucoma no mundo desconhecem que têm a doença. Isso se deve a dificuldades de acesso a exames médicos e à falta de hábitos de realizar exames regulares, mesmo quando a visão parece normal.

A inteligência artificial deve ser uma importante aliada para diagnosticar o glaucoma precocemente e levar exames a áreas carentes, onde métodos mais simples e eficazes serão aplicados. Com isso, espera-se reduzir o número de pessoas que não sabem que têm a doença.

O que é o glaucoma

Conhecido como o “inimigo silencioso”, o glaucoma é uma doença que geralmente não apresenta sintomas visíveis até estar em estágio avançado. Os pacientes frequentemente só descobrem o problema após um exame oftalmológico detalhado.

Rodrigo Lindenmeyer explicou que o glaucoma não provoca sinais claros. Ele só pode ser detectado por exames que medem a pressão dos olhos e avaliam o nervo óptico. Muitas vezes, a pressão ocular está muito alta e o pacientes não percebem nenhum sintoma.

O tratamento do glaucoma tem como objetivo controlar a pressão dentro dos olhos para impedir que a doença avance e cause perda da visão. O que já foi perdido dificilmente pode ser recuperado. Inicialmente, o tratamento é feito com colírios. Em etapas posteriores, podem ser usados lasers ou cirurgias.

Rodrigo Lindenmeyer alertou que um diagnóstico tardio pode resultar em perdas visuais significativas, que não melhoram com tratamento.

É importante saber que o risco de desenvolver glaucoma aumenta com a idade, especialmente após os 40 anos. Certos grupos possuem maior propensão, como afrodescendentes, asiáticos, mulheres e pessoas míopes.

Este artigo foi produzido com informações da Agência Brasil e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

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