O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma queda de 0,21% em agosto, a primeira desde o início do ano. Este índice é usado para atualizar salários e benefícios no Brasil.
Em agosto, o INPC teve seu sexto mês consecutivo de desaceleração: saiu de 1,48% em fevereiro para 0,21% em julho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do último ano, o INPC subiu 5,05%, uma leve redução em relação aos 5,13% registrados até julho.
Para que serve o INPC
Este índice é utilizado para reajustar anualmente salários de diversas categorias profissionais. Também influencia o cálculo do salário mínimo, seguro-desemprego, benefícios e o teto do INSS.
Principais influências na inflação
Em agosto, o grupo de habitação teve o maior impacto para a queda da inflação, com redução de 1,04%, devido principalmente à diminuição de 4,32% na conta de luz. Isso se deve ao Bônus Itaipu, um desconto que compensou o aumento causado pela bandeira tarifária vermelha 2.
O preço dos alimentos caiu 0,54%, sendo essa a terceira redução seguida desse grupo no índice.
Características do INPC
O INPC monitora a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, diferentemente do IPCA, que mede a inflação para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos.
Os alimentos têm um peso maior no INPC (25%) do que no IPCA (21,86%) porque famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Por outro lado, despesas como passagem aérea têm menor influência no INPC.
De acordo com o IBGE, o objetivo do INPC é corrigir o poder de compra dos salários mensurando as variações de preços da cesta de consumo da população assalariada de baixa renda.
A coleta de preços é realizada em várias capitais brasileiras, abrangendo diversas regiões metropolitanas.
Fonte: Agência Brasil