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quarta-feira, 30/07/2025

Iniciativa para diminuir infecções pós-cirúrgicas é ampliada para o Hospital de Santa Maria

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O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) lançou na última quinta-feira (12), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (Prisc). A finalidade é reduzir complicações após cirurgias e garantir uma recuperação mais segura e rápida para os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos.

Concebido pelo infectologista Julival Ribeiro, que lidera o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) do Hospital de Base (HBDF), o projeto tem atraído a atenção de profissionais e instituições de saúde de outras regiões, que já demonstram interesse em replicar essa iniciativa. “Fomos convidados para apresentar o Prisc em diversas partes do Brasil. Essas ações simples, sem custos extras, podem ser adotadas em qualquer unidade do SUS. A segurança do paciente deve ser prioridade”, destaca Julival.

O Prisc engloba uma série de atividades coordenadas de prevenção, treinamento e acompanhamento. Entre as principais práticas estão a prevenção eficaz antes da cirurgia, técnicas cirúrgicas seguras, uso correto de antibióticos profiláticos, controle da temperatura corporal e dos níveis de glicose, além de cuidados pós-operatórios tanto pelas equipes quanto pelos próprios pacientes.

A meta é diminuir a taxa de infecções e o período de internação. “Nosso objetivo é reduzir em 30% as infecções cirúrgicas do hospital em até seis meses, ou seja, até dezembro”, explica o infectologista Daniel Pompetti, do HRSM.

Julival Ribeiro ressalta que o programa é fruto de mais de um ano de trabalho, com suporte de especialistas internacionais, incluindo o cirurgião Atul Gawande, da Universidade de Harvard (EUA), e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que já aplicaram estratégias semelhantes com êxito na África.

Durante o lançamento no HRSM, os gestores firmaram um compromisso formal pela implantação do Prisc. Para a superintendente da unidade, Eliane Abreu, é fundamental que todos se vejam como agentes transformadores. “A infecção não é uma questão exclusiva do controle hospitalar, mas de todos que dela participam. O principal benefício do Prisc é entregar o paciente em melhores condições e evitar infecções que podem ser prevenidas”, enfatiza.

A chefe do Nucih do HRSM, Aldyennes Carvalho, celebra a oficialização do projeto, que é fruto da colaboração iniciada em 2024 entre os núcleos de controle de infecção hospitalar do Hospital de Base e do HRSM. Segundo ela, trata-se de um marco no fortalecimento das práticas de segurança do paciente. “Com esta iniciativa, o HRSM reforça seu compromisso com a qualidade do atendimento, adotando estratégias baseadas em evidências para reduzir infecções e oferecer um cuidado mais seguro e eficaz”, afirma.

A enfermeira do centro cirúrgico, Érica de Souza, considera o Prisc uma ferramenta essencial para evitar cirurgias adicionais e garantir maior segurança aos pacientes. “São medidas simples, de fácil aplicação diária, sem custos extras, que salvam vidas”, destaca.

Já a enfermeira do centro cirúrgico-obstétrico, Jirlane Gomes, enfatiza o trabalho conjunto com o Nucih para assegurar práticas como a higienização das mãos e superfícies, banho pré-operatório, uso correto dos antissépticos e respeito ao tempo necessário para a ação dos produtos antes da incisão. “Quando aplicadas corretamente, essas ações reduzem significativamente os riscos de infecção”, conclui.

Informações fornecidas pelo IgesDF.

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