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sexta-feira, 17/10/2025

Influenciador Klebim recebe 9 anos de prisão por rifas ilegais

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O caso envolvendo Kleber Rodrigues de Moraes, mais conhecido como Klebim, terminou com o influenciador digital sendo condenado a 9 anos, 11 meses e 15 dias de prisão em regime fechado, além de cinco meses adicionais em regime simples. A sentença foi dada pelo juiz Marcos Francisco Batista, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), após investigação da Operação Huracán, iniciada em março de 2022 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

As autoridades desmantelaram uma organização criminosa interestadual especializada em jogos de azar ilegais e lavagem de dinheiro. O grupo liderado por Klebim realizava rifas clandestinas de carros de luxo, muitas vezes superesportivos, por meio das redes sociais, sem autorização do Ministério da Economia ou da Loteria Federal.

Para ocultar os lucros ilegais, a quadrilha usava empresas de fachada e pessoas interpostas, movimentando aproximadamente R$ 20 milhões em dois anos. Parte dos valores era investida em bens e imóveis de alto padrão, utilizados tanto para ostentar quanto para esconder a origem ilícita do dinheiro.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal, resultando na prisão temporária de quatro integrantes do grupo. Foram apreendidos nove veículos de luxo, incluindo modelos como Ferrari e Lamborghini, além de uma mansão no Park Way avaliada em milhões. O bloqueio judicial foi decretado em cerca de R$ 10 milhões nas contas vinculadas aos investigados.

O Ministério Público destacou que o esquema possuía estrutura típica de organização criminosa, com divisão de tarefas e uso sistemático de lavagem de dinheiro. A quadrilha realizava transferências simuladas e emitia notas fiscais falsas para legitimar os ganhos provenientes das rifas ilegais.

Klebim tornou-se uma das figuras mais reconhecidas das rifas virtuais, promovendo um estilo de vida luxuoso para atrair seguidores e apostadores. A Justiça, entretanto, impôs pena privativa de liberdade em regime fechado, sem direito a benefícios imediatos, além da prisão simples para delitos de menor potencial ofensivo.

Este caso marca um importante avanço na repressão às rifas ilegais no Brasil, evidenciando o risco dessas práticas não regulamentadas e a fiscalização necessária no ambiente digital. O Ministério da Economia alerta que sorteios sem autorização oficial são ilegais, mesmo quando parte dos recursos é destinada a causas sociais, e podem resultar em responsabilização penal ou civil em caso de prejuízos aos participantes.

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