Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de preços ao consumidor no Distrito Federal mostrou um aumento de 0,37% em setembro, revertendo a queda de 0,29% observada em agosto. O aumento nos custos da energia elétrica e a alta nos preços de alguns alimentos são os principais responsáveis por essa variação.
O índice é calculado com base na pesquisa de preços feita entre 15 de agosto e 15 de setembro, comparado ao período anterior, mas não reflete a inflação oficial, apenas indica a tendência dos preços no mês.
Na capital federal, alimentos e bebidas subiram 0,07%, depois de terem caído 0,24% em agosto, diferente da tendência nacional, onde esses itens caíram 0,35% em setembro, a quarta queda consecutiva.
Dentre os alimentos que mais ficaram caros no DF estão as frutas, com aumento de 4,05%, pães com alta de 1,55%, e carnes, que subiram 1,15%. Destacam-se ainda o aumento expressivo nos preços da banana-prata (10,61%), limão (30,87%), banana-d’água (11,03%), pão francês (2,34%), biscoito (1,59%), alcatra (2,58%) e contrafilé (2,73%). Alguns produtos baixaram de preço, como tomate (-15,21%), mamão (-10,07%) e azeite de oliva (-4,68%).
José Alfredo, morador do Gama, relatou que percebeu a alta especialmente em frutas e em alguns legumes, citando também que a banana-prata, maçã e pera ficaram mais caras. Para ele, depois de uma baixa em agosto, as carnes começaram a subir novamente de preço, assim como o leite longa vida, que teve aumento de 1,36%.
Inflação no mês
O aumento dos preços não ocorreu só no Distrito Federal. No país, a inflação prévia de setembro subiu 0,48%. Um fator que influenciou esse crescimento foi o aumento da conta de luz, que subiu 12,31%, devido ao fim do Bônus Itaipu e à volta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que gera um custo adicional na conta de energia.
Por outro lado, o transporte público colaborou para aliviar a alta da inflação, com queda de 0,81% nos preços do setor. A gratuidade dos ônibus em domingos e feriados ajudou a baixar os custos em 9,85% para o transporte urbano em Brasília.