A previsão mediana para a inflação medida pelo IPCA em 2025 permanece em 4,85%, segundo o relatório Focus, depois de 14 semanas seguidas de queda. Esse valor está 0,35 ponto percentual acima do limite máximo da meta, que é 4,50%. Entre as 46 estimativas mais recentes, feitas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu ligeiramente de 4,84% para 4,86%.
Para 2026, a expectativa para o IPCA caiu pela oitava vez seguida, de 4,31% para 4,30%. No entanto, considerando as 45 atualizações feitas nos últimos dias, a mediana aumentou de 4,23% para 4,28%.
O Banco Central projeta que o IPCA alcance 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme as informações recentes divulgadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o primeiro trimestre de 2027, o Banco Central espera que a inflação acumulada em 12 meses seja de 3,4%.
Na última reunião, o comitê decidiu manter a taxa Selic em 15,0%. A autoridade indicou que pode manter essa taxa por um período mais longo para avaliar os efeitos dos ajustes já feitos. O objetivo é entender se esse patamar de juros é suficiente para controlar a inflação e fazê-la retornar à meta estabelecida.
Desde este ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Quando a inflação ultrapassa esse intervalo por seis meses seguidos, entende-se que o Banco Central está fora da meta. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho. Na sequência, o Banco Central publicou uma carta aberta anunciando a previsão de que a inflação caia para abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.
A mediana do relatório Focus para a inflação de 2027 caiu de 3,94% para 3,93%, enquanto a projeção para 2028 diminuiu de 3,80% para 3,70%.
Estadão Conteúdo