A previsão mediana do relatório Focus indica que a inflação medida pelo IPCA em 2025 será de 4,83%, ultrapassando o limite máximo da meta, que é 4,50%. Entre as 95 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana ficou em 4,82%.
Para 2026, a previsão do IPCA caiu ligeiramente de 4,30% para 4,29%, e considerando as estimativas mais recentes, a mediana passou de 4,30% para 4,27%.
O Banco Central projeta que a inflação em 2025 será de 4,8% e em 2026 de 3,6%, com expectativa de 3,4% no primeiro trimestre de 2027, que é um período relevante para suas análises.
No último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), mantiveram a taxa Selic em 15% e retiraram uma orientação anterior que indicava uma possível continuação de alta dos juros. O comitê destacou que o cenário atual tem muita incerteza, exigindo cuidado na política monetária.
O Comitê continuará atento, avaliando se manter a taxa de juros no nível atual por um período prolongado será suficiente para fazer a inflação convergir para a meta.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses, com um alvo central de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Se a inflação ultrapassar esse intervalo por seis meses seguidos, considera-se que o Banco Central falhou em alcançar a meta. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho. A autoridade monetária emitiu uma carta aberta informando sua expectativa de que a inflação caia abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.
Para 2027, a previsão mediana da inflação permanece em 3,90%, e para 2028 a estimativa é de 3,70%.
Estadão Conteúdo