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segunda-feira, 22/12/2025

Inflação para 2025 no relatório Focus do BC cai para 4,33%

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A previsão média do mercado financeiro para a inflação de 2025 medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no relatório Focus do Banco Central diminuiu de 4,36% para 4,33%. Esse valor está 0,17 ponto percentual abaixo do limite máximo da meta, que é de 4,50%. No mês anterior, a projeção era de 4,45%. Considerando apenas as 109 estimativas mais recentes dos últimos cinco dias úteis, a média caiu de 4,35% para 4,32%.

A estimativa para o IPCA de 2026 também apresentou queda, passando de 4,10% para 4,06%. Um mês antes estava em 4,18%. Ao considerar somente as projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a média oscilou levemente de 4,06% para 4,07%.

O Banco Central prevê uma inflação acumulada de 4,4% em 2025 e de 3,5% em 2026, conforme indicado em comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgado recentemente. Para o segundo trimestre de 2027, considerado o horizonte relevante, a expectativa é de inflação de 3,2% em 12 meses.

Na última reunião, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% pela quarta vez consecutiva. No documento que acompanhou a decisão, o colegiado destacou que a estratégia de manter os juros nesse patamar por um período prolongado é adequada para garantir que a inflação volte à meta estabelecida.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Caso a inflação ultrapasse essa margem por seis meses seguidos, considera-se que o Banco Central não atingiu a meta. Essa situação ocorreu após a divulgação do resultado do IPCA de junho, em 10 de julho. Em resposta, o BC publicou uma carta aberta informando que espera que a inflação caia para abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.

As projeções para a inflação em 2027 e 2028 permaneceram estáveis, em 3,80% e 3,50%, respectivamente, pela sétima semana seguida.

Crescimento Econômico (PIB)

A projeção média para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiu levemente, de 2,25% para 2,26%. Um mês atrás, estava em 2,16%. Considerando as 73 previsões mais recentes dos últimos cinco dias úteis, a estimativa oscilou de 2,28% para 2,27%.

O Banco Central revisou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2024, aumentando de 2,0% para 2,3%, conforme o Relatório de Política Monetária (RPM) do quarto trimestre. Essa revisão reflete ajustes nas séries históricas das Contas Nacionais Trimestrais, especialmente no desempenho do setor agropecuário no primeiro semestre, além de um resultado do terceiro trimestre um pouco melhor do que o esperado.

Para 2026, a estimativa média de crescimento ficou estável em 1,80%, contra 1,78% um mês antes. Entre as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 1,83% para 1,80%.

A previsão para o crescimento do PIB em 2027 diminuiu de 1,83% para 1,81%. Quatro semanas atrás, era 1,88%. Já a estimativa para 2028 manteve-se constante em 2,00%, pela 93ª semana consecutiva.

Câmbio

A expectativa do mercado para a cotação do dólar no final de 2025 subiu de R$ 5,40 para R$ 5,43. No mês anterior, a previsão era de R$ 5,40. Para o fim de 2026, a estimativa permaneceu estável em R$ 5,50, pela 10ª semana seguida.

Para o fim de 2027, a projeção do dólar segue em R$ 5,50 pela 8ª semana consecutiva. Em 2028, a estimativa oscilou de R$ 5,50 para R$ 5,51, após sete semanas mantendo o mesmo valor.

O valor anual do câmbio divulgado no Focus é calculado como a média da taxa no mês de dezembro, e não como o valor previsto para o último dia útil do ano, como era antes de 2021.

Taxa de Juros

A estimativa média para a taxa básica de juros, Selic, no final de 2026 aumentou de 12,13% para 12,25%. Um mês atrás, estava em 12,00%. Entre as 97 estimativas mais recentes, a média manteve-se em 12,25%.

No dia 10, o Copom decidiu manter a Selic em 15% pela quarta vez consecutiva. Essa decisão está alinhada com a mediana do Focus para o fim de 2025, que permaneceu estável nesse nível por 24 semanas seguidas.

Segundo a ata da reunião, o colegiado ressaltou que a estratégia atual de manter a taxa de juros alta por um período prolongado é adequada para garantir que a inflação volte à meta.

A projeção para a Selic no fim de 2027 se manteve em 10,50% pela 45ª semana seguida.

A previsão para 2028 subiu de 9,50% para 9,75%. Um mês atrás, a estimativa também era 9,75%.

Estadão Conteúdo.

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