Os analistas projetavam uma aceleração, a 2%, em um cenário de retomada econômica, após o fim da política restritiva ‘covid zero’ no fim de 2022
A inflação na China desacelerou em março, a 0,7% em ritmo anual, de acordo com os dados oficiais publicados nesta terça-feira, 11, que revelam uma demanda frágil. O índice preços ao consumidor caiu e 1% em fevereiro a 0,7% em março, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas, distante da inflação elevada registrada em outros países devido à guerra na Ucrânia.
Os analistas projetavam uma aceleração, a 2%, em um cenário de retomada econômica, após o fim da política restritiva ‘covid zero’ no fim de 2022.
Embora os preços dos alimentos tenham registrado forte alta, com destaque para frutas (+11,5%) ou carne de porco (+9,6%), o preço dos combustíveis teve forte queda no período (-6,4%).
A inflação industrial caiu em março para -2,5%, o menor ritmo desde junho de 2020.
Quais os efeitos do recuo?
Este é o sexto mês consecutivo com um valor negativo neste índice, que mede o preço dos produtos que saem das fábricas.
“A recuperação está em um bom caminho, mas não é suficientemente robusta para provocar o aumento dos preços”, declarou o economista Zhiwei Zhang, da consultoria Pinpoint Asset Management.
Para o analista, o nível de inflação reduzido “reforça a probabilidade de redução das taxas de juros”, na China para estimular a economia.
O país estabeleceu a meta de crescimento de 5% para 2023, uma das menores em várias décadas. O primeiro-ministro Li Qiang advertiu no mês passado que será difícil alcançar a meta.