O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve para calcular o aumento anual do salário mínimo, registrou uma variação de 0,03% em novembro, totalizando 4,18% nos últimos 12 meses.
Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O salário mínimo para 2025 é de R$ 1.518. Para 2026, o reajuste do salário será feito em duas partes: primeiro, o INPC acumulado em 12 meses até novembro de 2025, que corresponde aos 4,18% anunciados.
A segunda parte do reajuste considera o crescimento da economia registrado dois anos antes, neste caso, em 2024. O IBGE revisou recentemente esses dados, confirmando que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4% naquele ano.
No entanto, há um limite para o aumento do salário mínimo acima da inflação, que deve estar entre 0,6% e 2,5% conforme as regras fiscais do governo.
Por isso, o salário mínimo de 2026 pode chegar a R$ 1.620,99, que arredondado fica em R$ 1.621, representando um aumento total de R$ 103, ou 6,79%.
Revisão
Esse novo índice levará o governo a ajustar as contas públicas para 2026, já que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovado no Congresso estimava o salário mínimo em R$ 1.627, o que corresponderia a um aumento de 7,18%.
O valor do salário mínimo influencia outras despesas do governo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.
INPC x IPCA
Assim como o salário mínimo, o seguro-desemprego, o teto do INSS e os benefícios mais altos que o salário mínimo são reajustados com base no INPC acumulado até dezembro.
O INPC é divulgado junto com outro índice oficial do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou novembro com alta de 0,18%, acumulando 4,46% em 12 meses.
A diferença entre os dois índices está no público pesquisado: o INPC mede a variação dos preços para famílias que ganham até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA considera famílias que recebem até 40 salários mínimos.
No INPC, o peso dos alimentos é maior, representando quase 25% do índice, pois as famílias de menor renda gastam mais com comida. Já no IPCA, os alimentos representam cerca de 21%, enquanto itens como passagem aérea têm maior peso.
Segundo o IBGE, o INPC tem como objetivo ajustar o poder de compra dos salários, medindo as variações dos preços da cesta básica das famílias com menor rendimento.
A coleta de preços ocorre em várias regiões metropolitanas e cidades brasileiras, incluindo Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
*Informações baseadas em dados da Agência Brasil.

