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quarta-feira, 24/12/2025

Inflação está controlada, mas preços de serviços ainda preocupam

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, subiu 0,25% em dezembro, comparado a 0,20% em novembro. Apesar desse aumento, o índice fechou o ano dentro da faixa permitida pelo Banco Central, com um acumulado de 4,41% em 12 meses, próximo da meta máxima de 4,5%.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, explicou que “esse alívio principalmente veio da queda do dólar, que caiu cerca de 10% durante o ano, ajudando a conter a inflação”.

Entretanto, especialistas estão atentos ao fato de que a inflação dos serviços ainda está alta. Segundo Alberto Ramos, diretor de macroeconomia para América Latina do Goldman Sachs, a variação anualizada dos serviços ligados à mão de obra passou de 7,1% em novembro para 7,4% em dezembro.

Luciana Rabelo, economista do Itaú Unibanco, também ressaltou que o resultado geral foi “pior do que o esperado”, com aumentos em serviços como estética e alimentação rápida, além de bens como roupas e aparelhos eletrônicos.

Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe da G5 Partners, destacou que, embora o IPCA-15 tenha desacelerado ao longo do ano principalmente pelo comportamento dos preços dos alimentos, os serviços tiveram uma aceleração entre 2024 e 2025.

A maior parte da inflação de dezembro veio do aumento nos preços dos transportes, quase 60%, com passagens aéreas subindo 12,71%, transporte por aplicativo 9%, e pequenos aumentos nos combustíveis.

Nos gastos pessoais, houve alta nos preços dos serviços de cabeleireiro (1,25%), empregados domésticos (0,48%) e pacotes turísticos (2,47%). Na habitação, os maiores impactos foram nos aluguéis residenciais (0,33%), contas de água e esgoto (0,66%) e gás encanado (0,28%). Já a energia elétrica residencial teve queda de 0,22% devido à bandeira tarifária amarela implementada em dezembro.

Os alimentos para consumo em casa ficaram um pouco mais baratos, com quedas no preço do tomate (-14,53%), leite longa vida (-5,37%) e arroz (-2,37%). Apesar disso, carnes e frutas tiveram aumento nos preços, de 1,54% e 1,46%, respectivamente.

Estadão Conteúdo

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