A mediana do relatório Focus para a inflação medida pelo IPCA em 2025 caiu de 4,55% para 4,46%, atingindo pela primeira vez um valor abaixo do limite máximo da meta desde o relatório divulgado em 2 de dezembro de 2024, com base nas estimativas coletadas na sexta-feira anterior.
Há um mês, a expectativa era de 4,70%. Considerando as 80 estimativas mais recentes dos últimos cinco dias úteis, a mediana ajustou-se de 4,55% para 4,46%.
Para 2026, a projeção do IPCA manteve-se em 4,20%. Um mês atrás, estava em 4,27%. Considerando as estimativas recentes, a mediana ajustou-se de 4,20% para 4,19%.
Banco Central prevê que a inflação medida pelo IPCA será de 4,6% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme divulgado no último ciclo do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o segundo trimestre de 2027, o Copom espera a inflação acumulada em 12 meses em 3,3%.
Na última reunião, o Copom manteve a taxa Selic em 15% pela terceira vez seguida, afirmando que manter a taxa nesse nível por um período prolongado é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.
Entretanto, o colegiado deixou claro que acompanhará a situação de perto e pode ajustar a política monetária se necessário. “O Copom» não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, disse.
A meta de inflação para este ano passa a ser contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho. Em resposta, a autoridade publicou uma carta informando que espera que a taxa caia abaixo de 4,50% no final do primeiro trimestre de 2026.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,80%, e para 2028, a projeção seguiu em 3,50%.
