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quarta-feira, 11/12/2024
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Infecção por varíola dos macacos requer isolamento total; saiba mais

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Em Brasília

Enquanto a OMS elevou o status da enfermidade para uma infecção de “preocupação global”, Distrito Federal acumula 16 casos. Infectologista defende mais ações informativas quanto aos cuidados voltadas à população

Vírus é transmissível pelo contato com pessoas ou superfícies – (crédito: AFP)

Com o reconhecimento da varíola dos macacos como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Distrito Federal acendeu o alerta de combate a mais um vírus, o monkeypox. Nessa segunda-feira (25/7), o total de casos subiu para 16. Na avaliação do infectologista André Bon, há necessidade de aperfeiçoar a comunicação quanto aos cuidados que os brasilienses devem adotar contra a doença. “Precisamos melhorar a divulgação (de informações) sobre os sintomas e sobre quem deve procurar atendimento”, recomenda o médico.

A mudança de status da propagação da doença pela OMS coloca a varíola dos macacos em um patamar de evento extraordinário, que apresenta riscos internacionais e, portanto, requer resposta global coordenada. Além disso, a divulgação funciona, principalmente, como um apelo para a atração de recursos e de atenção para combater o surto.

André Bon destaca que o anúncio da organização não “altera substancialmente as ações de saúde”, mas o conhecimento acerca dos perigos da virose provocada pelo monkeypox é essencial. “Não passam a existir grandes diferenças em nossa conduta (médica). Os profissionais de saúde já estavam em alerta, e existem protocolos definidos pela vigilância (epidemiológica), com critérios necessários para a notificação dos pacientes e a coleta de material para diagnóstico”, completa o infectologista do Hospital Brasília.

A principal aposta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para lidar com a situação se concentra na análise de amostras na própria capital do país. Atualmente, os materiais coletados são enviados para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há 16 casos confirmados da varíola dos macacos no DF; outros 40 estão sob investigação da pasta.

Até o momento, o grupo de pacientes diagnosticados é composto por homens com idades entre 20 e 39 anos. Os 16 que tiveram quadro de infecção confirmado moram em 10 regiões administrativas: Águas Claras, Ceilândia, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Park Way, Plano Piloto, Samambaia, São Sebastião, Sudoeste/Octogonal e Vicente Pires. “Os casos são monitorados pela equipe de Vigilância Epidemiológica”, informou a SES-DF, em nota.

Do total de infecções, quatro tiveram confirmação nessa segunda-feira (25/7), mas o primeiro caso na capital federal foi registrado em 3 de julho. A previsão da SES-DF é de que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) comece a fazer testes em agosto. A capacidade inicial será de até 96 amostras analisadas por semana. “Para isso, foram adquiridos reagentes específicos, que ainda precisam ser entregues. Após a chegada, o Lacen vai iniciar os primeiros ensaios técnicos, para adequar os protocolos e orientações da OMS. A expectativa é de que os resultados dos exames sejam entregues em até 48 horas. Atualmente, o laboratório da UFRJ leva, em média, 15 dias para liberar o resultado”, concluiu a pasta.

Atenção!

Principais sintomas

  • Dor de cabeça;
  • Dor nas costas;
  • Fraqueza intensa;
  • Febre acima de 38,5°C;
  • Dores musculares e no corpo;
  • Linfonodos inchados (caroços na pele);
  • Lesões de pele, que também podem afetar genitais e reto.

Quando procurar atendimento médico?
Qualquer pessoa com lesões de pele como manchas e bolhas d’água, com ou sem pus, deve procurar atendimento. Um dos principais fatores de risco para a infecção é a relação sexual casual. Devem buscar unidades de saúde, principalmente: indivíduos com parceiros ou parceiras sexuais ocasionais que tenham tido contato com casos confirmados ou suspeitos, além de pessoas que viajaram para locais com prevalência de diagnósticos.

Quem pode se contaminar?
Qualquer pessoa. A doença é transmissível por superfícies contaminadas, por contato direto com lesões de pacientes, com fluidos corporais ou gotículas respiratórias e por proximidade, sem uso de máscara, com indivíduos infectados, ainda que não apresentem feridas. O período médio para que uma pessoa curada deixe de transmitir a doença é de três a quatro semanas após a cicatrização completa das lesões na pele.

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