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quarta-feira, 16/07/2025

Indústria e comércio pedem diálogo e menos ideologia

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O anúncio de tarifas de 50% para importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos, feito recentemente pelo presidente Donald Trump, gerou preocupação entre entidades empresariais do Brasil. Elas pedem mais diálogo diplomático e menos confrontos ideológicos.

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) afirmou que essa medida é resultado de uma disputa entre Donald Trump e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, sem argumentos sólidos que a justifiquem.

A Ciesp declarou que usar tarifas como ferramenta para resolver questões pessoais e ideológicas ultrapassa os limites da diplomacia.

Segundo a entidade, a justificativa dos Estados Unidos sobre a balança comercial desfavorável ao país não é verdadeira, pois nos últimos dez anos os EUA tiveram um superávit de US$ 91,6 bilhões em comércio de bens com o Brasil, e US$ 256,9 bilhões incluindo serviços.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a soberania do Brasil e anunciou que responderá às tarifas americanas com a Lei de Reciprocidade Econômica.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou as razões que, segundo ela, não são econômicas, para a suspensão das regras comerciais e do direito internacional, e destacou que a soberania do país é fundamental e que o momento requer negociação baseada em fatos e estatísticas reais, beneficiando empresas brasileiras e americanas.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) reforçou a importância do uso da diplomacia para resolver conflitos e ressaltou o histórico positivo de parcerias entre Brasil e Estados Unidos, destacando o papel dos EUA como parceiro estratégico em setores importantes para a economia do estado do Rio.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) pediu diálogo com responsabilidade, alertando que medidas de retaliação podem prejudicar significativamente a sociedade brasileira e o setor produtivo. Recomenda reavaliar decisões e buscar soluções por meio da negociação.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) também ressaltou a importância dos canais diplomáticos para restaurar a confiança e previsibilidade nas relações comerciais bilaterais.

A Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas) manifestou preocupação com a desvantagem competitiva do Brasil em relação a outros fornecedores internacionais com tarifas menores e mantém diálogo com autoridades para buscar soluções que minimizem os impactos da medida norte-americana.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AmCham) alertou para os potenciais impactos negativos sobre empregos, produção e investimentos, e convocou os governos a retomarem um diálogo construtivo, visando uma solução negociada que preserve os laços econômicos e promova prosperidade para ambos os países.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) declarou a decisão dos EUA como inadmissível, pois desrespeita princípios básicos do comércio internacional e prejudica empresas que contribuem para o crescimento do país. A entidade reforçou a necessidade de diálogo diplomático para evitar prejuízos e manter a confiança entre as nações.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) apontou a falta de atuação proativa da diplomacia brasileira para antecipar e negociar medidas que afetam setores estratégicos da economia. Destacou a importância de articulação entre governo, ministérios e empresas para evitar prejuízos ao país.

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) criticou a decisão unilateral dos EUA, afirmando que a medida representa um retrocesso nas relações comerciais e pode impactar negativamente toda a cadeia produtiva do café brasileiro, comprometendo a competitividade das exportações e aumentando custos em um momento delicado do mercado global. Lembrou que os EUA são o maior consumidor mundial de café e dependem do Brasil para o abastecimento, confiando na diplomacia brasileira para superar o problema.

Com informações da Agência Brasil

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