A polícia da Índia prendeu três homens suspeitos de estuprar uma estudante em Calcutá, conforme anunciaram as autoridades locais nesta sexta-feira (27). O caso ocorre um ano após um chocante estupro e assassinato de uma jovem médica na mesma cidade, que provocou forte comoção nacional.
De acordo com as primeiras informações da investigação, divulgadas pela imprensa local, a vítima relatou ter sido atacada na quarta-feira por três estudantes ou ex-estudantes em um quarto dentro do campus universitário da cidade.
O partido que governa o estado de Bengala Ocidental, o All India Trinamool Congress (AITC), prometeu aplicar as punições mais rigorosas aos responsáveis pelo crime.
Já o Partido Bharatiya Janata (BJP), liderado pelo primeiro-ministro ultranacionalista hindu Narendra Modi, criticou as autoridades locais, alegando que elas são incapazes de proteger suas filhas.
Em agosto do ano anterior, o estupro e assassinato de uma médica estagiária em um hospital de Calcutá gerou revolta em toda a Índia, onde a violência sexual contra mulheres é um problema grave.
O autor daquele crime, um homem de 33 anos, foi condenado em janeiro à prisão perpétua.
Em 2022, foram reportados cerca de 90 estupros diariamente na Índia, país mais populoso do mundo com 1,4 bilhão de habitantes. Estima-se que muitos desses crimes não são denunciados.
Desde 2012, após um caso divulgado nacionalmente envolvendo o estupro e assassinato de uma jovem em um ônibus em Nova Délhi, o governo endureceu as penas para estupradores, podendo incluir pena de morte em casos reincidentes.