O índice PMI (Índice dos Gerentes de Compras) para o setor de serviços brasileiro caiu de 49,3 em agosto para 46,3 em setembro, retornando a um patamar semelhante ao registrado em julho. Este dado foi divulgado pela S&P Global nesta sexta-feira, dia 3, ressaltando que essa queda foi a mais acentuada em quase quatro anos e meio.
Pollyana de Lima, diretora Associada Econômica da S&P Global, comentou que os números de setembro indicam preocupações sobre o andamento dos serviços, que apresentaram uma das maiores quedas desde o início de 2021. Vale destacar que valores do PMI abaixo de 50 pontos indicam retração na atividade do setor.
O principal motivo para a queda foi a baixa na demanda, que diminui pelo sexto mês seguido, conforme apontado pelos entrevistados na pesquisa.
Pollyana de Lima também destacou que os empresários do setor enfrentaram desafios em relação aos preços dos serviços, já que os custos dos materiais aumentaram bastante, obrigando as empresas a elevar os preços em um contexto de demanda fraca. Contudo, as taxas de inflação tiveram uma pequena redução em comparação a agosto.
Por outro lado, houve um aumento no emprego no setor de serviços em setembro, o primeiro avanço após três meses de queda. Além disso, as expectativas para o futuro melhoraram, com alguns fornecedores de serviços prevendo crescimento para o próximo ano, impulsionado por uma possível recuperação da demanda e por pressões inflacionárias mais controladas.
PMI Composto
O PMI Composto, que inclui dados das empresas de serviços e da indústria, caiu de 48,8 em agosto para 46 em setembro, refletindo um cenário geral de retração na atividade econômica.