Em visita oficial à Índia, o vice-presidente Geraldo Alckmin informou nesta quinta-feira, 16, que será adotado o visto eletrônico entre os dois países para negócios e consultorias. Ele destacou também as negociações para ampliar o comércio entre Brasil e Índia por meio do acordo de preferências Mercosul-Índia, esperado para ser finalizado até o fim do ano.
Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou que o comércio entre Brasil e Índia está crescendo: no ano passado foi de US$ 12 bilhões e neste ano pode chegar a US$ 15 bilhões. Ele prevê que as exportações indianas para o Brasil cresçam mais de 30% este ano, podendo alcançar rapidamente US$ 20 bilhões.
O vice-presidente explicou que o acordo Mercosul-Índia pode ser ampliado para cobrir mais produtos e facilitar as vendas entre os países. Atualmente, existe um acordo tarifário, mas que cobre poucos produtos. A ideia é expandir esse acordo para aumentar o comércio bilateral.
Geraldo Alckmin também mencionou o crescimento dos investimentos e das parcerias entre os países nas áreas de Defesa e vacinas. Ele citou a assinatura de um contrato da Petrobras para fornecer mais 6 milhões de barris de petróleo à Índia e anunciou a inauguração de um escritório da Embraer em Nova Deli no dia seguinte.
Sobre críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao BRICS, Alckmin afirmou que o Brasil busca ampliar seus mercados com acordos comerciais, como Mercosul-Cingapura, Mercosul-EFTA e Mercosul-União Europeia, e está otimista com as negociações Mercosul-Índia. Ele explicou que o objetivo não é disputar com produtos indianos, mas complementar a produção nas áreas industrial, tecnológica, de saúde, energia e agrícola, aproveitando as muitas oportunidades existentes.