Fumaça causada por um curto-circuito atingiu uma área da maternidade onde recém-nascidos estavam em incubadoras
Pelo menos 11 bebês morreram na noite de terça-feira por causa de um incêndio em um hospital de Bagdá, segundo informou o Ministério da Saúde do Iraque. As crianças nasceram prematuramente e estavam em incubadoras na maternidade.
Os primeiros relatórios apontam que o incêndio, que provocou grandes danos, aconteceu por causa de um curto-circuito no saguão do Hospital Al Yarmuk. A fumaça se propagou pelo centro médico e chegou até a sala de incubadoras da área de maternidade.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde, Ahmed al-Rudaini, foi possível resgatar 29 mulheres e sete crianças, que foram transferidas para outros hospitais. As autoridades locais já formaram uma comissão para investigar as causas do incêndio e esclarecer se foi acidental ou não.
Na manhã desta quarta-feira, diversos pais procuravam por notícias de seus filhos no hospital e parentes revoltados se reuniam para exigir explicações. Eshrak Ahmed Jaasar, tio de uma das crianças que morreu no incêndio, culpou o governo iraquiano pela tragédia. “Já pagamos fortunas para nos deixarem entrar no hospital e levar leite e comida para nossos entes queridos, já que não conseguem providenciar. É um governo corrupto que não liga para os cidadãos e deixa isso acontecer”, disse à rede BBC.
Incêndios por curto-circuito são comuns no Iraque por causa da rede elétrica ruim e sem manutenção. Os prédios também costumam ter poucas saídas de incêndio, o que aumenta o risco de mortes nos incidentes.
(Com EFE)