RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)
Um acordo entre os deputados resolveu uma preocupação dos times que viraram SAFs sobre a reforma do imposto que está sendo discutida na Câmara.
Após conversas que duraram até a noite de terça-feira, ficou decidido que o imposto para as SAFs não vai aumentar.
Antes, os dirigentes do futebol temiam que o imposto subisse de 5% para 8,5%, conforme era proposto no texto do deputado relator, Mauro Benevides (PDT-CE).
O acordo definiu que tanto os clubes que são associações quanto as SAFs vão pagar o mesmo valor, 5%.
“Fizemos reuniões para acertar o texto. Primeiro, estávamos para voltar com o texto da Câmara, mas por pedido de vários deputados, buscamos um entendimento. Estamos igualando o imposto entre clubes e SAFs para manter a competição justa”, falou o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
Depois desse acordo, deputados de diferentes partidos se juntaram para defender que clubes e SAFs paguem o mesmo imposto.
“Quando reduzimos o imposto das SAFs de 8,5% para 5% havia um problema. A solução foi colocar o mesmo imposto para clubes e SAFs. Assim, ninguém vai pagar mais. O clube social não precisa virar SAF. Foi um bom acordo, pois as SAFs têm feito um ótimo trabalho. Já existem mais de 120 no Brasil. Aumentar o imposto causaria insegurança”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
Alguns clubes preocupados com a votação emitiram notas oficiais.
Em nota, o Flamengo, que faz parte da Liga Forte União, negou estar por trás do pedido para aumentar o imposto das SAFs e afirmou que não conseguiu tudo o que queria.
“É errado cobrar imposto dos clubes sociais que não visam lucro. As SAFs devem pagar o menor imposto possível para incentivar investimentos, melhorar a gestão e desenvolver o futebol no Brasil. O Flamengo defende que o imposto atual de 5% para SAFs e 0% para clubes sociais seja mantido”, disse a diretoria do Flamengo.
O UOL apurou que os clubes que se tornaram SAFs ficaram tranquilos com a decisão da Câmara.

