Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu nesta terça-feira (14) a cobrança de impostos sobre bancos, apostas e pessoas muito ricas, conhecida como a taxação BBB. Essa proposta enfrentou resistência na Câmara dos Deputados, mas o ministro afirmou que houve sinais positivos de parlamentares para buscar soluções alternativas.
De acordo com Haddad, o tema será discutido em breve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos esperando o retorno do presidente, e logo começaremos a trabalhar no assunto”, afirmou.
Ele explicou que a taxa BBB não é injusta, mas sim mal compreendida por quem não tem informações completas sobre o que ocorre no país. A declaração foi feita durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, acompanhado por representantes da Fazenda e da Receita Federal.
Haddad destacou que a rejeição da medida pode causar dificuldades para fechar o orçamento de 2025 e levar a cortes importantes em áreas prioritárias. Ele se mostrou otimista quanto à busca de alternativas para garantir o equilíbrio das contas públicas em 2026.
O governo enfrenta o desafio de manter a arrecadação esperada após a queda da medida provisória que aumentava impostos para esses setores. Entre as opções estudadas estão o aumento do IOF em certas operações financeiras e a retomada da tributação sobre apostas e fintechs por meio de novos projetos de lei.
O ministro ressaltou que setores como as apostas esportivas produzem efeitos negativos, como dependência, e devem contribuir financeiramente para minimizar esses impactos. Ele também mencionou que há tecnologia disponível para regular o setor de apostas de forma mais eficaz.
Em resumo, Fernando Haddad frisou que a taxação sobre bancos, apostas e bilionários visa promover justiça fiscal e que a busca por soluções continuará com o governo e o Congresso para garantir o equilíbrio orçamentário do país.
