O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 1º de dezembro, que os efeitos das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos na economia mundial não aconteceram da forma que se esperava. Ele mencionou que ainda há discussões sobre um possível atraso nesses impactos, mas ressaltou que, até o momento, o resultado previsto não se concretizou.
Sobre o efeito na inflação, a opinião principal do mercado é que as tarifas causam mais uma alteração no nível dos preços do que um aumento contínuo da inflação. Por isso, segundo Galípolo, não há uma perda de controle sobre a inflação em períodos seguintes.
Gabriel Galípolo destacou também que a expectativa futura é de redução da inflação devido à influência da inteligência artificial (IA) no aumento da produtividade, o que pode favorecer um mercado de trabalho com mais flexibilidade. Essa combinação de maior produtividade e mercado de trabalho mais flexível tende a gerar um cenário com menos inflação.
Ele mencionou que essa é a visão da maioria dos investidores estrangeiros, embora os banqueiros centrais sejam mais cautelosos. Galípolo comentou que os líderes monetários e o mercado em geral têm uma postura mais reservada, apesar do otimismo sobre os efeitos da inteligência artificial.
Essas declarações foram feitas durante uma palestra no XP Fórum Político & Macro 2025, realizado em São Paulo.