As mudanças climáticas têm causado grandes prejuízos financeiros para as cidades brasileiras. Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que, entre 2013 e 2024, os desastres naturais atingiram as cidades do país e geraram perdas que ultrapassam R$ 732 bilhões.
O estudo, concluído em março, revelou que 95% das cidades sofreram algum tipo de desastre natural que precisou da ajuda da defesa civil. Durante esse tempo, foram registrados mais de 70 mil estados de emergência ou calamidade pública, deixando cerca de 6 milhões de pessoas sem moradia.
Investimentos pequenos em prevenção
Segundo a CNM, 70% das cidades gastam até R$ 50 mil por mês com prevenção pela defesa civil, um valor muito baixo. As prefeituras pedem ajuda financeira e técnica dos governos estadual e federal para criar medidas preventivas mais eficientes.
Fenômenos climáticos extremos como enchentes, queimadas e tornados têm acontecido com mais frequência no Brasil. A reconstrução das áreas atingidas exige muitos recursos, incluindo a recuperação de escolas, unidades de saúde e a infraestrutura das cidades, que às vezes precisam ser reconstruídas totalmente.
A discussão sobre o assunto é ainda mais importante durante a COP30, onde governos debatem ações para conter o aquecimento global. O objetivo é impedir que a temperatura média do planeta suba mais de 2,5 graus Celsius nos próximos anos, o que poderia piorar esses eventos climáticos extremos.
