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quinta-feira, 02/10/2025




Impacto do shutdown na economia dos Estados Unidos depende da duração da paralisação

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O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação na quarta-feira (1/10), após a não aprovação de um projeto orçamentário no Senado que garantiria o financiamento federal. O shutdown suspende diversos serviços federais, afetando a economia do país.

Nicolas Véron, pesquisador do Peterson Institute for International Economics em Washington, destaca que os efeitos econômicos dependem do tempo em que a paralisação durar.

Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso americano, cerca de 750 mil funcionários ficarão sem salário durante esse período. Serviços como o tráfego aéreo podem sofrer interrupções e benefícios sociais podem ser prejudicados. A seguradora Nationwide alerta que cada semana de shutdown pode reduzir o crescimento do PIB americano em 0,2 ponto percentual.

Nicolas Véron, que também pesquisa no centro europeu Bruegel, comenta que shutdowns rápidos não têm grande impacto, mas paralisações longas causam danos econômicos significativos, dependendo da resolução política.

Republicanos e democratas se acusam mutuamente pela falha nas negociações. O presidente Donald Trump criticou os democratas e alertou para consequências se seu orçamento não for aceito, incluindo demissões em massa.

Os democratas, por sua vez, acusam os republicanos de falta de disposição para negociação. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, defende os interesses dos americanos contra bloqueios aos programas sociais.

O presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, acusa os democratas de egoísmo, destacando perdas em programas essenciais para mães, crianças, veteranos e soldados.

A paralisação federal não é inédita nos EUA. O shutdown mais longo ocorreu entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, durando 35 dias.

Em meio às tensões, Donald Trump publicou um vídeo polêmico contra o líder democrata Hakeem Jeffries, que criticou a falta de diálogo.

Ambos os partidos se preparam para as eleições legislativas de 2026, quando o controle do Congresso será disputado.

Quanto às divergências, os republicanos propuseram estender o orçamento atual até novembro, enquanto os democratas defendem a manutenção do Obamacare, programa que subsidia pacientes de baixa renda, um ponto sensível para a esquerda americana.

Uma cidadã preocupada, Jennifer Ambler, destaca o risco de aumento no custo do seguro saúde, o que afetaria seu orçamento familiar.

Apesar de maioria republicana, o Senado exige 60 votos para aprovação, o que significa que a negociação precisa do apoio de democratas.

O presidente Trump reuniu líderes dos dois partidos, mas o impasse persiste, com acusações mútuas.

A paralisação pode servir como experimento para reestruturação da administração, com demissões permanentes previstas após o shutdown.

Hakeem Jeffries expressou disposição para diálogo, mas reforçou que não aceitará medidas que desmontem o sistema de saúde americano.




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