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sexta-feira, 07/11/2025




Ibovespa sobe pouco e cai na semana

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Em Brasília

O Ibovespa ficou praticamente estável hoje, com uma leve alta de 0,10%, atingindo 145.446 pontos. Embora tenha alcançado recordes recentes na casa dos 146 mil e até 147 mil pontos durante a semana, o índice fechou com pequena queda acumulada de 0,29% nos últimos cinco dias.

No mês, o índice da Bolsa Brasileira avança 2,85% e no ano acumula valorização superior a 20%. O movimento do mercado está ligado ao interesse dos investidores internacionais, atraídos principalmente pelo diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos. O cenário de juros mantidos elevados na Selic, atualmente em 15%, torna o investimento na bolsa brasileira mais atrativo.

Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset, destaca que o Brasil segue alinhado com outros mercados emergentes, impulsionado pela rotação de investimentos a partir dos Estados Unidos e a perspectiva de queda na taxa de juros americana. O fluxo de capital estrangeiro para a bolsa brasileira tem se mantido positivo, com entrada significativa de recursos em setembro.

Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos, ressalta que a economia americana mostra sinais de resistência, o que pode reduzir a probabilidade de cortes adicionais de juros pelos EUA ainda neste ano, afetando as expectativas para o diferencial das taxas de juros.

Em relação às ações que compõem o Ibovespa, bancos como Santander apresentaram alta significativa, enquanto empresas de commodities, como a Vale, tiveram quedas relevantes. Destaca-se ainda a forte baixa nos títulos da Braskem, devido a preocupações sobre a saúde financeira da empresa.

O dólar, após valorizações recentes, registrou queda de 0,49% no dia, cotado a R$ 5,3360. Mesmo com a alta semanal, a moeda norte-americana caminha para fechamento mensal em baixa. A valorização do real está ligada à ausência de surpresas negativas na inflação americana e à possibilidade de cortes nos juros do Federal Reserve.

Perspectivas para os juros

Os juros futuros apresentaram queda nos prazos mais curtos e intermediários, influenciados pela queda do dólar e pela expectativa de redução da taxa básica de juros no Brasil, impulsionada pelo cenário externo. No entanto, os vencimentos mais longos tiveram movimento de alta moderada.

Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, comenta que o mercado está atento ao relaxamento da política monetária nos Estados Unidos, que favorece a valorização do câmbio e possibilita uma eventual revisão da taxa de juros brasileira para baixo, talvez já no final deste ano ou início de 2025.

Os dados recentes sobre inflação e o índice de sentimento do consumidor norte-americano sugerem espaço para novos cortes de juros naquele país, o que deve contribuir para manter o dólar mais estável e aliviar as pressões sobre os juros no Brasil.

Na próxima semana, os investidores estarão atentos à divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos, como índices de emprego e resultados fiscais, que poderão influenciar a movimentação dos mercados financeiros.




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