O Ibovespa esteve próximo de alcançar seu recorde histórico, chegando perto dos 143 mil pontos, impulsionado por dados de inflação mais baixos no Brasil e nos Estados Unidos, além do voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na quarta-feira, o índice oscilou entre 141.611 e 143.181 pontos, fechando em 142.348 pontos, com alta moderada e volume de negociações de R$ 18,8 bilhões. No mês, a alta acumulada foi de 0,66%, e no ano, de 18,34%.
Além da situação econômica, o voto de Fux trouxe esperança de que a decisão sobre o julgamento do ex-presidente possa neutralizar tensões políticas que impactariam o mercado e as relações internacionais, especialmente com os Estados Unidos.
O preço do petróleo subiu após um ataque recente na região do Oriente Médio, beneficiando ações da Petrobras, enquanto outras empresas importantes no Ibovespa tiveram desempenhos variados.
A bolsa conta também com o movimento do dólar que apresentou queda, influenciado por fatores externos, como a inflação ao produtor nos EUA abaixo do esperado, e pela diminuição do temor de novas sanções econômicas ao Brasil.
Os especialistas destacam que a inflação subjacente brasileira ainda indica resistência, o que pode levar o Banco Central a manter cautela na redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano. Nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Federal Reserve inicie cortes nas taxas de juros ainda este ano, o que pode impactar o fluxo de investimentos e o desempenho do Ibovespa.
Em resumo, o mercado brasileiro está se beneficiando de dados econômicos favoráveis e do cenário político mais estável, influenciado pelo voto de Luiz Fux, com expectativas positivas para o futuro próximo, enquanto acompanha as decisões monetárias tanto no Brasil quanto no exterior.