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domingo, 21/09/2025

Ibovespa registra alta e alcança novos recordes, sobe 2,53% na semana

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, atingiu novos recordes nesta sexta-feira, chegando a 146 mil pontos durante o dia, com uma nova máxima histórica intradiária de 146.398,76 pontos. No fechamento, o índice também alcançou uma nova máxima, encerrando o dia em 145.865,11 pontos, o que representou uma alta de 0,25%. Na semana, o Ibovespa subiu 2,53%, recuperando-se da queda de 0,26% da semana anterior.

Desde o começo de setembro, o índice vem mostrando um avanço firme, registrando oito sessões de alta contra apenas quatro sessões de leve baixa. No mês, o índice acumula um crescimento de 3,14%, e no ano já sobe 21,27%.

No mercado internacional, o preço do petróleo recuou 1,3%, o que impactou negativamente as ações da Petrobras na bolsa brasileira, que fecharam em queda. Já as ações da Vale tiveram alta de 0,40% no dia, acumulando ganho semanal de 1,61%. Entre os bancos, o Bradesco se destacou com alta de cerca de 1,7% no dia e 5% na semana. O Itaú também teve desempenho positivo, subindo 1,33% no dia e 4,33% na semana.

As maiores altas do dia foram registradas pelas ações da Eletrobras e Fleury, enquanto Marfrig, Natura e Cosan tiveram quedas significativas.

Willian Queiroz, sócio e conselheiro da Blue3 Investimentos, comentou que a bolsa segue nos seus máximos locais, com poucos eventos econômicos recentes, e que os investimentos em ações estão muito atraentes atualmente.

Leonardo Santana, sócio da Top Gain, destacou que a decisão recente do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano trouxe um pouco de cautela ao mercado, mas que o fluxo de capital no país continua positivo graças à alta da taxa básica de juros e à queda dos juros nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, o diretor do Federal Reserve, Stephen Miran, indicou que não vê sinais de aumento da inflação causado pelas tarifas sobre importações e defendeu cortes graduais dos juros, sem preocupações exageradas dos mercados.

As expectativas de mercado apontam que o Ibovespa deve continuar em alta na próxima semana, com cerca de dois terços dos participantes esperançosos em crescimento do índice.

dólar

O dólar apresentou pouca variação nesta sexta-feira, terminando praticamente estável em torno de R$ 5,32. O mercado operou com liquidez reduzida e sem indicadores econômicos importantes para influenciar a cotação. Na semana, a moeda americana recuou 0,62%, acumulando uma queda de 1,86% em setembro e de 13,9% no ano.

Alexandre Viotto, especialista em banking na EQI Investimentos, afirmou que a valorização recente do real deve continuar no curto prazo, impulsionada pelos juros elevados no Brasil e pelas expectativas eleitorais favoráveis. Ele também acredita que o dólar pode cair abaixo dos R$ 5,30 em breve, devido ao alto custo de carregar posições na moeda americana.

A consultoria 4intelligence revisou para baixo suas projeções para o dólar, prevendo que ele deverá fechar o ano em R$ 5,45 e 2026 em R$ 5,60, apontando riscos principalmente políticos e fiscais para o futuro próximo no Brasil.

juros

Apesar da ausência de grandes notícias econômicas, as taxas de juros futuros no Brasil apresentaram alta moderada na sexta-feira, pressionadas pela postura mais rígida do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e pela percepção de piora fiscal no país, além da alta nos juros dos títulos americanos.

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro para os próximos anos tiveram leve aumento, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário atual. Ian Lima, gestor de renda fixa da Inter Asset, observou que o mercado está buscando antecipar as decisões futuras do Banco Central, com atenção especial para a ata do Copom e o Relatório de Política Monetária que serão divulgados na próxima semana.

Além dos juros, o mercado acompanha a discussão no Senado sobre o teto para a dívida pública, assunto que preocupa devido aos possíveis impactos fiscais. A equipe econômica do Santander aponta que o agravamento fiscal e a alta nos juros globais contribuem para a pressão sobre o mercado de renda fixa local.

A equipe da Inter Asset acredita que o mercado permanece disposto a investir em títulos públicos, mas que o início do ciclo de cortes dos juros deve ser adiado para 2026, o que influenciará as estratégias dos investidores.

Entre os eventos futuros, destacam-se a ata do Copom, o Relatório de Política Monetária, a revisão bimestral do orçamento do governo e a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPCA-15) em setembro, que devem impactar as expectativas econômicas.

Estadão Conteúdo

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