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quarta-feira, 05/11/2025




ibovespa fecha em alta e bate novo recorde aos 150 mil pontos

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, conseguiu terminar o pregão em alta, alcançando a marca inédita de 150.704 pontos, reforçando uma sequência de dez dias consecutivos de valorização, com sete desses dias marcando recordes históricos de fechamento. Hoje, o índice chegou a atingir um pico intradia de 150.887 pontos antes de desacelerar, mas recuperou o fôlego no final do dia, com alta de 0,17%.

O volume financeiro negociado foi de R$ 25,3 bilhões. Durante a semana, o índice subiu 0,78% e, no ano, acumula ganhos de 25,29%. Entre as maiores altas individuais do dia destacam-se as ações do Pão de Açúcar (+6,16%), Vamos (+5,02%) e IRB (+3,49%), enquanto que Embraer (-3,60%), Cosan (-3,12%) e CSN Mineração (-2,13%) foram as que mais caíram.

Apesar da queda das ações da Vale (-1,12%) e da oscilação negativa do Itaú, que divulgou balanço após o pregão, outras empresas como a Petrobras apresentaram valorização, mesmo com a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais. O Banco do Brasil também se destacou positivamente com alta de 0,86% em suas ações ordinárias.

Na agenda econômica, a produção industrial teve uma retração de 0,4% em setembro, conforme dados do IBGE, apontando uma desaceleração da indústria nos últimos meses. Esta informação vem antes da próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a taxa Selic em 15% ao ano.

Antonio Ricciardi, economista do Daycoval, avalia que o ritmo da produção industrial desacelerou no terceiro trimestre, embora bens intermediários ainda mantenham crescimento em comparação ao ano anterior. O impacto das políticas monetárias restritivas ainda é sentido nas atividades industriais.

Leonardo Santana, especialista e sócio da Top Gain, comenta que o Ibovespa esteve volátil devido à expectativa pelo comunicado do Copom, e destaca que, com a taxa de juros em 15%, uma eventual redução pode impulsionar o índice para patamares mais altos.

dólar

O dólar teve alta firme hoje, acompanhando o comportamento da moeda no exterior, em meio a um cenário global de aversão ao risco. Apesar disso, o real se desvalorizou menos do que outras moedas emergentes. O dólar fechou cotado a R$ 5,3989, alta de 0,77%, o maior valor em fechamento dos últimos 10 dias.

João Soares, sócio-fundador da Rio Negro Investimentos, destaca que o movimento global tem levado os investidores para ativos seguros como títulos do Tesouro dos EUA, enquanto se avalia a possibilidade e a velocidade dos próximos cortes de juros nos Estados Unidos.

O índice que mede o dólar frente a uma cesta de moedas fortes superou 100 pontos, refletindo a força da moeda americana e preocupação com o cenário econômico, agravado pela paralisação parcial do governo dos EUA, que já dura mais de 30 dias.

Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, ressalta que o mercado está em dúvida sobre os próximos passos do Fed, o que fortalece o dólar frente a outras moedas e diminui a atratividade dos ativos de risco.

juros

O mercado de juros futuros apresentou uma leve inclinação, com taxas maiores nos vencimentos de longo prazo e queda nos de curto prazo, reflexo principalmente do aumento da aversão ao risco no ambiente global. Os contratos para 2027 tiveram queda, enquanto os para 2029 e 2031 oscilaram levemente.

Operadores atribuem a alta das taxas mais longas ao fortalecimento global do dólar e à preocupação com a possível perda de fôlego das bolsas americanas, sobretudo na área de tecnologia. O recuo no rendimento dos títulos públicos dos EUA ajudou a conter a alta dos juros locais.

Andrea Damico, economista e fundadora da Buysidebrazil, classifica o pregão como um movimento clássico de aversão ao risco, com investidores buscando segurança na moeda americana e nos títulos soberanos dos EUA, enquanto o real se desvaloriza.

AValiações de alguns líderes do mercado americano indicam que o mercado de ações nos EUA pode enfrentar uma queda saudável de até 15% nos próximos anos, alertando os investidores para se prepararem.

O Congresso brasileiro está avaliando projetos que podem impactar a tributação de setores como apostas e fintechs, além de mudanças no Imposto de Renda, mas essas questões não tiveram impacto imediato no mercado hoje.

Conteúdo elaborado sem links e notícias relacionadas, para proporcionar leitura clara e objetiva sobre o desempenho recente do Ibovespa, do dólar e da curva de juros.




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