O Ibovespa encerrou em queda de 0,24%, fechando aos 136.355,78 pontos, mantendo o sinal negativo pelo segundo pregão consecutivo. Embora tenha oscilado entre 135.587,94 e 137.436,74 pontos ao longo do dia, o índice estabilizou-se na parte da tarde. O volume financeiro negociado foi de R$ 22,6 bilhões.
Na semana, o Ibovespa registra leve alta de 0,33% e cresce 2,47% no mês, acumulando ganho de 13,36% no ano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Brasil nesta quinta-feira, afirmando que o país aplica tarifas elevadas e é um dos piores parceiros comerciais dos EUA, apesar do superávit americano na relação com o Brasil nos últimos 15 anos. Trump também elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, chamando-o de “homem honesto” e classificando a ação contra ele no Brasil como uma execução política.
Além disso, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro debateu com membros do governo americano as sanções da Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. As conversas indicaram que possivelmente haverá bloqueio total das contas do ministro nos EUA, contrariando o entendimento anterior do setor financeiro brasileiro.
Na Bolsa, o dia teve predominância de queda para as ações de destaque, com exceções como Banco do Brasil, que subiu 2,96%, e outras ações como Hapvida (+8,29%), Ultrapar (+4,01%) e MRV (+3,61%). Entre as maiores perdas, Raízen caiu 12,5%, Usiminas 7,19% e Cosan 6,57%. Petrobras recuou em torno de 1%, enquanto a Vale caiu 1,24%.
O governo federal anunciou um plano de contingência para setores afetados pelas tarifas americanas, mas a reação do mercado foi influenciada principalmente pela forma como o plano foi divulgado e pela preocupação persistente com a situação fiscal do país.
dólar
O dólar fechou em leve alta de 0,28%, cotado a R$ 5,4171, após atingir máxima de R$ 5,4310. A valorização ocorreu acompanhando o fortalecimento global da moeda americana, favorecida por dados fortes da inflação ao produtor nos EUA, que reduzem expectativas de cortes significativos na taxa de juros ainda este ano.
Apesar das críticas de Trump ao Brasil, o real se desvalorizou menos que outras moedas latino-americanas. O preço do petróleo, que subiu mais de 2%, também contribuiu para limitar a perda do real.
Especialistas destacam que o real tem se beneficiado da atratividade das operações de carry trade, mas incertezas persistem, especialmente pela possibilidade de novas sanções dos EUA contra autoridades brasileiras.
juros
A curva de juros brasileira apresentou estabilidade na tarde desta quinta-feira, mesmo com pressão externa por elevação das taxas dos Treasuries nos EUA, devido à inflação ao produtor americana acima do esperado. Os vencimentos intermediários e longos recuaram ligeiramente, com pouca movimentação nos vértices curtos.
A política monetária restritiva brasileira tem mostrado efeito, com possibilidade crescente de corte dos juros pelo Copom em dezembro, segundo projeções que apontam até 40% de chance para tal redução, principalmente em janeiro de 2026.
O setor de serviços brasileiro apresentou crescimento modesto em junho, o que, junto a outros indicadores econômicos, demonstra atividade ainda fraca. Economistas vislumbram que o Banco Central poderá aliviar a política monetária nos próximos meses, mesmo que de forma gradual.
O cenário atual mantém a expectativa de redução da taxa Selic para cerca de 14,5% ao ano em dezembro, conforme análise de especialistas.
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