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quinta-feira, 11/09/2025

ibovespa cai 0,12% e fecha em 134,5 mil pontos com baixo volume de negócios

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O Ibovespa encerrou o dia com pequena queda de 0,12%, fechando em 134.510,85 pontos após oscilar entre 133.874,43 e 134.836,72 pontos durante a sessão. O volume financeiro também diminuiu, ficando em R$ 15,5 bilhões, menor que em dias anteriores. Na semana, o índice apresentou recuo de 1,34%, mas ainda mantém alta de 1,08% no mês e 11,83% no ano.

As ações dos principais bancos tiveram desempenho negativo, revertendo parte da recuperação vista em sessões anteriores. Já as ações de commodities mostraram desempenho misto: enquanto as ações da Vale subiram 0,85%, as da Petrobras tiveram leves quedas e pequenas altas, dependendo da classe da ação.

Entre as maiores valorizações do Ibovespa estiveram as ações da Braskem, que subiram 3,79%, RD Saúde com ganho de 2,01% e Motiva, que cresceu 1,92%. Por outro lado, as ações da Yduqs caíram 6,03%, Porto Seguro recuou 3,48%, Cemig 3,19% e Auren 2,60%. No setor financeiro, as variações fecharam entre -0,86% para Banco do Brasil e +0,11% para Itaú. O BTG teve queda de 0,95%.

Matheus Spiess, analista da Empiricus, destacou que o dia foi marcado por cautela e aversão a riscos devido a fatores internacionais, especialmente a pressão sobre os juros futuros do Brasil causada por expectativas mais rígidas em relação à política monetária dos EUA. Comentários recentes de autoridades do Banco Central americano indicam que a redução das taxas de juros na próxima reunião está menos provável, aumentando a volatilidade no mercado.

Além disso, declarações do conselheiro econômico da Casa Branca, Peter Navarro, que criticou publicamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também influenciaram o ambiente externo.

No cenário interno, o setor bancário enfrentou dificuldades diante das preocupações sobre possíveis sanções externas relacionadas a decisões judiciais recentes. Anderson Silva, especialista da GT Capital, ressaltou o ambiente de incerteza com apostas envolvendo conflitos jurídicos tanto no Brasil quanto no exterior.

Dólar

O dólar comercial fechou em leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,4791, após oscilar durante o dia. O mercado foi influenciado pela valorização global da moeda americana, dados econômicos melhores que o esperado nos EUA e comentários cautelosos do Federal Reserve. Investidores aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, para avaliar as perspectivas da política monetária.

O real tem enfrentado pressão após aumento das tensões entre Brasil e EUA, envolvendo sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. A moeda chegou a passar de R$ 5,50, valor que não atingia desde o início de agosto.

Parte da queda recente do real também está associada à melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera em pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2026.

O índice do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes subiu cerca de 0,45% no dia, refletindo maior força da moeda americana.

Juros

Os juros futuros apresentaram desempenho negativo, com alta nas taxas em todas as faixas. O cenário político doméstico incerto e as tensões com os EUA pressionaram os rendimentos, ampliando as preocupações com o risco fiscal no médio prazo.

A pesquisa Genial/Quaest, que revela vantagem do presidente Lula em cenários de eleição para 2026, também impactou as expectativas do mercado.

Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management, afirmou que o ambiente de incerteza política tem afetado os preços no mercado de juros. A recente decisão do STF que impede a aplicação imediata da Lei Magnitsky no Brasil trouxe volatilidade adicional ao mercado.

No aspecto econômico, a arrecadação federal de julho superou as expectativas, indicando resiliência especialmente no setor de serviços, que continua aquecido. O economista Felipe Tavares, da BGC Liquidez, destacou essa resistência econômica, enquanto Ítalo Franca, do Santander Brasil, mantém perspectiva cautelosa para as contas públicas em 2026.

Por fim, levantamento preliminar de agosto confirma expansão no setor de serviços, com destaques para alojamento e alimentação, auxiliando o cenário econômico apesar das condições monetárias mais restritivas.

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