Segundo o IBGE, “Essa produção (de arroz) será suficiente para abastecer o mercado brasileiro, possibilitando maior equilíbrio nos preços do cereal”.
Safras importantes para a garantia de oferta de alimentos comuns na mesa dos brasileiros, como arroz e trigo, deverão ter desempenho positivo este ano, aliviando um pouco a pressão de preços, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de arroz ficará em 11,5 milhões de toneladas, 4,1% acima do registrado em 2020, enquanto a safra de trigo deverá somar 8,4 milhões de toneladas, salto de 34,8% na comparação com o ano passado.
Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado nesta terça-feira pelo IBGE.
Segundo o IBGE, a estimativa para a produção de arroz, no levantamento de julho, ficou 2,6% da projeção feita em junho, “devido à reavaliação na produtividade das lavouras, com alta de 2,7%”. “Essa produção (de arroz) será suficiente para abastecer o mercado brasileiro, possibilitando maior equilíbrio nos preços do cereal, que alcançou patamares históricos em 2020, devido ao aumento do consumo interno e pelo aumento das exportações devido ao estímulo cambial”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Já a produção de trigo – importante matéria-prima para a fabricação de pães, massas e bolos, do qual o Brasil é importador líquido – deverá ficar em 8,4 milhões de toneladas, um salto de 34,8% ante 2020. Tamanho avanço se explica porque, em 2020, “as lavouras de inverno foram afetadas por problemas climáticos, o que reduziu seus potenciais produtivos”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Em 2021, a seca e as ondas de frio ainda não atrapalharam a produção de trigo, por isso, comparativamente, a safra deverá ser melhor do que a do ano passado. Segundo o IBGE, o rendimento médio da safra de trigo em 2021 deverá aumentar 19,9%, já que a área plantada aumentou 12,4%, “em decorrência do estímulo do preço do produto”.
“A região Sul deve responder por 90,4% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor (46,4% do total nacional), a produção deve aumentar em 24,6% frente a 2020, atingindo 3,9 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor (40,7% do total), deve produzir 62,1% a mais que em 2020, atingindo 3,4 milhões de toneladas. Santa Catarina também investiu mais no cereal, subindo sua estimativa da produção em 58,9% frente a 2020, chegando a 275,6 mil toneladas em 2021”, diz a nota do órgão de estatísticas.
Já a produção total de feijão deverá somar 2,7 milhões de toneladas em 2021, em suas três safras, conforme o LSPA de julho. Ainda é uma alta de 0,5% frente a produção total de feijão no ano passado, mas o IBGE reduziu, em julho, a estimativa em 1,6%, na comparação com o LSPA de junho.