O Brasil alcançou um novo marco no emprego com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em maio, com um total de 39,762 milhões de pessoas. Esses dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012.
Esse resultado representa um crescimento de 202 mil vagas formais em apenas três meses, o que corresponde a um aumento de 0,5% no número de trabalhadores com essa vinculação. No comparativo anual, houve um incremento de 1,436 milhão de trabalhos formais no setor privado, crescimento de 3,7%.
O total de empregados sem carteira assinada subiu para 13,700 milhões, um aumento trimestral de 1,2%, equivalente a 157 mil novas posições. Em relação ao ano anterior, essa categoria teve uma elevação de 0,2%, cerca de 26 mil pessoas.
Os trabalhadores por conta própria atingiram um recorde histórico, com 26,196 milhões de indivíduos, crescimento trimestral de 1,3% (329 mil pessoas a mais) e aumento anual de 2,8%, o que representa 724 mil novos profissionais nessa situação.
Dentro desse grupo, aqueles com registro de CNPJ chegaram a 7,044 milhões, registrando um aumento de 249 mil no último trimestre e 544 mil no ano.
Informalidade em queda
Segundo o IBGE, a taxa de informalidade caiu para 37,8% no trimestre até maio, a menor desde agosto de 2020, quando estava em 37,6%. William Kratochwill, analista da pesquisa, destacou que essa é a terceira menor taxa na série histórica.
Durante o período, 39,270 milhões atuavam informalmente. Houve um acréscimo de 191 mil trabalhadores informais em três meses, enquanto o total de empregos aumentou em 1,207 milhão, indicando que a maior parte do crescimento ocorreu na formalidade.
Na informalidade, o aumento foi distribuído entre 157 mil vagas sem carteira no setor privado, 78 mil trabalhadores domésticos nessas condições, 18 mil empregadores sem CNPJ e 80 mil trabalhadores por conta própria sem CNPJ. Entretanto, houve uma redução de 143 mil pessoas no trabalho familiar auxiliar.
A população informal cresceu 0,5% no trimestre e 0,4% em um ano, com mais 137 mil pessoas nessa condição.
Contribuição à Previdência social atinge recorde
O IBGE informou também que 68,297 milhões de trabalhadores contribuíram para a Previdência Social no trimestre até maio, o maior número já registrado. A proporção de contribuintes entre ocupados ficou em 65,8%, ligeiramente abaixo dos 65,9% do trimestre anterior.