O Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos. A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 ou mais anos de idade foi estimada em 7,2% em 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Educação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O analfabetismo é mais agudo entre pretos e pardos, onde a incidência de analfabetos é mais que o dobro do que entre brancos. Na população de cor branca, quatro em cada 100 pessoas eram analfabetas. Entre os pretos ou pardos, 10 em cada 100 eram analfabetos.
A situação fica mais grave com o avanço da idade. De cada dez pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais, três são analfabetas. Entre os brancos, há apenas um idoso analfabeto a cada dez.
“É um problema de estoque, dessa população mais velha. Só vamos diminuir o analfabetismo conforme essa população mais velha for morrendo”, disse Marina Aguas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No entanto, o Plano Nacional de Educação – PNE instituído pela Lei n. 13.005, de 2014, previa uma redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, feito alcançado apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
“Os dados são importantes para fomentar políticas públicas para a redução do analfabetismo”, lembrou Marina.
A Região Nordeste tinha a maior taxa de analfabetismo (14,8%), mais de quatro vezes superior às taxas estimadas para as Regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%). Na Região Norte, o analfabetismo foi de 8,5% e, no Centro-Oeste, 5,7%.
A meta do Plano Nacional de Educação prevê uma erradicação total do analfabetismo ao final da vigência do Plano, em 2024.