IA (inteligência artificial) está revolucionando diversos setores, incluindo a proteção ambiental. Recentemente, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais criou uma ferramenta de inteligência artificial para ajudar a identificar e reduzir o desmatamento ilegal no Brasil.
Essa tecnologia aprimora o monitoramento por satélite, permitindo que áreas de desmatamento sejam detectadas rapidamente, otimizando o trabalho dos fiscais do Ibama. Quando um desmatamento é identificado, o sistema impede a comercialização de produtos oriundos dessas áreas ilegais, protegendo o meio ambiente e promovendo maior controle nas cadeias produtivas.
Funcionamento prático da IA
O sistema utiliza dados de quase 40 anos de imagens de satélite, analisando o desmatamento ao longo do tempo com algoritmos avançados. Isso permite uma análise detalhada e precisa das mudanças na vegetação, ajudando na tomada de decisões mais rápidas e eficazes para preservar as áreas protegidas.
Próximos passos
O objetivo é ampliar o uso da inteligência artificial para prever possíveis áreas que serão alvo de desmatamento. Com isso, os fiscais poderão agir preventivamente, reduzindo a devastação antes que ela ocorra.
André Lima, secretário do Ministério do Meio Ambiente, destaca que a tecnologia não substitui os fiscais, mas ajuda a direcionar melhor o trabalho deles, aumentando a eficiência das operações.
Importância do fator humano
Claudio Almeida, coordenador do Programa BiomasBR, reforça que a inteligência artificial complementa o trabalho dos fiscais, mas a decisão final e a análise detalhada dependem do conhecimento humano.
Isabela da Cruz Bonatto, consultora ambiental, também ressalta que a inteligência artificial é uma ferramenta importante, porém a integração dos dados com o conhecimento das comunidades locais é essencial para um monitoramento eficaz.
