No segundo andar do ambulatório do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), a nova unidade de cirurgia bariátrica foi inaugurada em maio, trazendo um atendimento mais acolhedor e respeitoso para pessoas com obesidade grave. O espaço conta com consultórios privados, portas largas e cadeiras resistentes, tornando o ambiente confortável e acessível para todos.
Ana Carolina Fernandes, médica responsável pela unidade, destaca que pacientes com obesidade necessitam de um atendimento especial, e aqui eles recebem apoio de uma equipe multidisciplinar dedicada.
A unidade possui seis consultórios e realiza cerca de mil atendimentos por mês, com uma equipe que inclui nove cirurgiões, dois psicólogos, uma endocrinologista, duas técnicas de enfermagem e três nutricionistas.
Melhor qualidade de vida
Para a técnica em enfermagem Valdenides dos Santos, 40 anos, a cirurgia é uma chance de melhorar a qualidade de vida. Ela relata dificuldades para praticar exercícios e problemas físicos causados pelo peso. Valdenides já iniciou os exames para a cirurgia.
A nutricionista Karyne de Sousa explica que antes da cirurgia, é importante identificar e corrigir problemas alimentares e nutricionais, preparando o paciente para novos hábitos de vida.
Ela reforça que a cirurgia ajuda na perda de peso e no controle de doenças associadas, mas que a obesidade é uma doença crônica que exige acompanhamento constante.
Mislane Soares, auxiliar de limpeza que fez a cirurgia em 2009, continua o acompanhamento no HRAN e destaca os benefícios para sua vida e para sua integração social.
Atenção completa
A cirurgia, feita por videolaparoscopia por meio de pequenas incisões, reduz o tempo de recuperação e internação. Espera-se que o paciente perca entre 70% e 80% do excesso de peso, com melhora em doenças como diabetes, hipertensão e problemas ortopédicos.
O encaminhamento começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Se for indicada a cirurgia, o paciente é encaminhado para centros especializados, como o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (CEDOH) e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH). Para pacientes com IMC acima de 50, o atendimento ocorre diretamente no HRAN.
Ana Carolina Fernandes conclui que o foco do serviço é o bem-estar completo do paciente, com benefícios metabólicos e duradouros para a saúde.
Informações da Secretaria de Saúde