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segunda-feira, 22/12/2025

Hospital de Santa Maria diminui infecções em 2025

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O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) finaliza 2025 com resultados positivos na luta contra infecções ligadas aos cuidados de saúde. Dados do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH), entre janeiro e novembro, mostram queda significativa nas infecções em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além do avanço no monitoramento de microrganismos e no controle do uso de remédios antimicrobianos.

Destaque para a redução de quase 50% na taxa de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes adultos. Essa taxa caiu de 2,3 em 2024 para 1,02 em 2025, graças à aplicação rigorosa dos protocolos e ao acompanhamento constante nas UTIs.

Também houve uma queda de aproximadamente 40% na incidência da Infecção Primária de Corrente Sanguínea Confirmada no laboratório, que diminuiu de 1,7 em 2024 para 1,01 em 2025, mostrando a eficácia das medidas adotadas.

Segundo a chefe do NUCIH, Aldyennes Carvalho, esses resultados demonstram o comprometimento das equipes com a segurança dos pacientes e a correta aplicação dos protocolos. “A diminuição das infecções é fruto do trabalho conjunto, monitoramento contínuo e engajamento de todos, refletindo a maturidade do hospital e o compromisso constante com a qualidade da assistência”, afirmou.

O HRSM, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), recebeu o selo de alta conformidade nas práticas de segurança, reconhecendo seu esforço na prevenção de riscos e na qualidade do cuidado ao paciente.

Monitoramento microbiológico

Em 2025, o hospital investiu no fortalecimento da vigilância microbiológica, com painéis digitais que permitem acompanhar em tempo real a sensibilidade bacteriana e o uso de antimicrobianos, apoiando decisões médicas mais seguras. Foram coletadas mais de 25 mil amostras, com índice de positividade de 25,02%. O sangue foi o material mais coletado (33,10%), seguido da urina (22,81%). Bactérias como Staphylococcus e Klebsiella continuam sendo monitoradas intensamente.

Um ponto importante foi o controle e fim do surto de Acinetobacter na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), uma bactéria resistente que representa um grande desafio hospitalar.

Centros cirúrgicos

Nos centros cirúrgicos e obstétricos, os índices também melhoraram. As infecções em cirurgias limpas caíram de 2,19% entre janeiro e outubro de 2024 para 0,67% no mesmo período de 2025. A taxa média de infecção em cesarianas permaneceu em 2%, dentro das metas estabelecidas.

Conquistas de 2025 e desafios para 2026

Entre as conquistas de 2025, destacam-se o cumprimento das metas do Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (PRISC) e do Contrato de Gestão, além da reorganização da equipe de enfermagem da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Para 2026, os desafios incluem aumentar a adesão à higiene das mãos, eliminar o uso de adornos pelos profissionais de saúde, melhorar os processos de limpeza e desinfecção e expandir o controle racional do uso de antimicrobianos. O hospital também planeja ampliar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) no pronto-socorro adulto, fortalecendo as ações contra a resistência bacteriana e promovendo um atendimento seguro, qualificado e focado no paciente.

Com informações do Iges-DF

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