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terça-feira, 04/11/2025




Hospital de Santa Maria bate recorde de cirurgias com melhor resultado em 2 anos

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Após um acidente de moto em julho, Kayran Nunes da Silva, morador de Novo Gama, precisou de atendimento rápido por causa de uma lesão no braço. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), os médicos decidiram que ele precisava de cirurgia urgente. Em menos de 24 horas, Kayran foi operado e recebeu alta, impressionado com a rapidez e qualidade do atendimento. “Eu não tenho do que reclamar. Pensei que ficaria internado por mais tempo, mas tudo foi rápido”, conta.

Essa agilidade é fruto de mudanças no centro cirúrgico do HRSM, que adotou o Projeto Lean, um método de gestão implementado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) em maio de 2024. O hospital reorganizou processos, cortou desperdícios e melhorou a eficiência das equipes.

Os números mostram o sucesso: em outubro, o centro de cirurgias gerais e obstétricas fez 502 operações, o maior número em dois anos. O aumento tem sido constante: 497 cirurgias em agosto, 494 em setembro e 502 em outubro, sem contar os partos.

Organização e produtividade

Para Isabel Lima, coordenadora de Melhoria Contínua do IgesDF, os bons resultados vêm da gestão focada em eliminar desperdícios. “O Centro Cirúrgico Obstétrico ganhou uma equipe dedicada, com anestesistas exclusivos. Criamos protocolos e reuniões multidisciplinares, aumentando a colaboração entre os profissionais. Usamos melhor os recursos já existentes, sem contratar mais ou abrir novas salas”, explica.

Júlio Borges, chefe dos Serviços Cirúrgicos do HRSM, destaca que a mudança trouxe mais organização e previsibilidade. “Ajustamos o gerenciamento das salas, diminuímos atrasos e ampliamos o atendimento, inclusive nos fins de semana”, afirma.

O Projeto Lean busca iniciar as cirurgias até as 7h30, aumentar a produtividade e reduzir cancelamentos. Reuniões semanais, protocolos padrão e treinamentos mantêm o engajamento das equipes.

Mesmo com mais cirurgias, a qualidade continua alta. Até agosto de 2025, não aumentou a taxa de infecção no local das cirurgias, segundo a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

“O foco em gestão, integração e organização garante agilidade sem perder a segurança e o cuidado com os pacientes”, diz Júlio Borges. “Esses resultados mostram o compromisso do hospital em oferecer um atendimento eficiente e de qualidade para todos.”




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