O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), é um importante centro para o cuidado de pessoas com imunodeficiências primárias, doenças raras que comprometem a defesa do corpo contra vírus, bactérias e outros agentes que causam infecções.
Essas condições, que em geral aparecem desde o nascimento, deixam as pessoas mais vulneráveis a infecções que podem se tornar graves. No HBDF, cerca de 250 adultos são atendidos semanalmente no ambulatório de imunologia, funcionando às segundas e terças-feiras, das 7h às 18h. Crianças com essas doenças são tratadas no Hospital da Criança de Brasília José de Alencar e, ao completar 18 anos, passam a receber atendimento no Hospital de Base.
Thalita Dias, médica alergista e imunologista, destaca que infecções respiratórias frequentes, como pneumonia, são comuns nessas doenças. Em muitos casos, é preciso fazer a reposição de imunoglobulina humana, que são anticorpos que ajudam o corpo a combater infecções. Ela afirma que um sistema imunológico saudável é essencial para a defesa contra vírus e bactérias, e que identificar essas condições cedo ajuda a evitar problemas e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Histórias de superação
Geneci Moreira do Nascimento, de 63 anos, sofria com fraqueza, diarreia e infecções pulmonares constantes. Desde 2008, ela faz tratamento quinzenal com imunoglobulina no HBDF e relata que sua vida mudou muito para melhor graças ao cuidado da equipe e à medicação.
Lauro Pinto Cardoso Neto, 57 anos, foi diagnosticado após uma pneumonia grave em 2020 e recebe tratamento mensal desde 2023. Ele conta que antes estava sempre doente, mas agora sua saúde está sob controle graças ao acompanhamento médico e ao medicamento.
Tratamento da urticária crônica
O Hospital de Base também é referência no tratamento da urticária crônica, uma condição que causa manchas na pele e muita coceira. Marise Jardim de Melo, 66 anos, convive com essa doença há mais de 30 anos e, desde 2019, é atendida no HBDF. Ela recebe o medicamento Omalizumabe a cada seis semanas no Centro de Infusão, que ajuda a reduzir os sintomas.
Marise relata que antes sofria muito e não conseguia trabalhar por causa da coceira intensa. Hoje, graças ao tratamento no HBDF, tem uma vida melhor. Atualmente, 80 dos 500 pacientes do ambulatório de alergia fazem esse tipo de terapia.
Thalita Dias ressalta que, embora a urticária crônica não seja uma doença que provoque risco de vida, ela causa grande sofrimento emocional e social. Muitas pessoas ficam em casa por causa da vergonha das manchas na pele e do desconforto constante.
Informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
