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terça-feira, 26/08/2025

Hospital de Base oferece tratamento simples para pedras nos rins sem cirurgia

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Em 20 de maio deste ano, o autônomo Edglei Gusmão Pereira, de 62 anos, morador do Gama, sentiu uma dor forte nos rins enquanto estava em casa. Incapaz de se movimentar, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, e depois transferido para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

Após avaliação pela equipe de urologia do hospital, foi descoberto que ele tinha várias pedras nos rins. Um exame de tomografia ajudou a confirmar o diagnóstico e ele passou por um tratamento com um equipamento chamado litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco). Este equipamento é um avanço tecnológico que quebra as pedras no rim sem necessidade de cirurgia.

O equipamento Leco foi adquirido graças a uma emenda parlamentar aprovada em novembro do ano passado. Desde sua aquisição, já beneficiou mais de 600 pacientes, sem a necessidade de internação e evitando o uso de procedimentos mais complexos e caros.

Importância do equipamento

Bruno Pinheiro Silva, chefe do Serviço de Urologia do HBDF, destaca que o Leco reduz muito o risco de complicações. “É um procedimento seguro, eficaz e com rápida recuperação”, afirma. “As ondas de choque atravessam a pele e quebram as pedras dentro do rim, que depois saem naturalmente pela urina, ao longo de dias ou semanas”.

O tratamento é realizado no ambulatório de urologia, gerenciado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). “Atendemos seis pacientes por dia, de segunda a sexta-feira, com consultas marcadas, cerca de 150 casos por mês. Também temos 145 vagas para atendimentos emergenciais para pacientes internados no pronto-socorro”, explica o médico.

O procedimento dura aproximadamente 40 minutos e é feito com sedação. “Dependendo do caso, podem ser necessárias mais de duas sessões com intervalo de 20 a 30 dias entre cada uma para a eliminação completa das pedras”, detalha Bruno.

Quem pode usar o tratamento

Maurício Teixeira, enfermeiro do ambulatório de urologia, explica que o aparelho é indicado para pacientes com pedras nos rins de até 2 centímetros que causam dor e desconforto, para quem não pode fazer cirurgia ou tem risco de infecção e obstrução urinária.

“O tamanho e a posição da pedra são importantes para decidir o tratamento”, complementa o enfermeiro. “As pedras são detectadas por ultrassom, raio-X ou tomografia. Pedras maiores ou localizadas em áreas difíceis podem precisar de cirurgia diferente.”

No dia 21, Edglei realizou sua terceira sessão com o Leco. Ele relembra o sofrimento da primeira crise: “Pensei que iria morrer. Foi desesperador, sofri muito. Hoje, agradeço à equipe do Hospital de Base pelo cuidado. Espero eliminar todas as pedras para voltar à minha vida normal e ao trabalho”.

*Informações do IgesDF

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