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quarta-feira, 10/12/2025

Hospital de Base inicia exame inovador de vídeo EEG para diagnóstico neurológico

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O Hospital de Base do Distrito Federal instalou o primeiro aparelho de vídeo eletroencefalograma (vídeo-EEG) disponível na rede pública do DF. Este equipamento é uma técnica avançada importante para identificar epilepsia e outras doenças do cérebro, aumentando a capacidade de diagnóstico do hospital.

Eduardo Rodrigues Ferreira dos Santos, de 25 anos, foi o primeiro paciente a realizar o exame no hospital. Ele sofre de convulsões desde os seis anos e está sob acompanhamento desde os 11. Eduardo acredita que esse exame pode ser a solução para seus episódios, que nunca tiveram um diagnóstico claro.

O vídeo-EEG monitora a atividade elétrica do cérebro enquanto grava vídeos contínuos, captando também sons. Durante cerca de cinco dias, o paciente permanece internado, com eletrodos colocados na cabeça para registrar os movimentos e sons relacionados às crises neurológicas.

O exame ajuda os médicos a confirmar se o paciente tem epilepsia, qual o tipo de crise e também a decidir se ele é candidato a cirurgias que podem levar à cura da doença. Segundo André Ferreira, chefe da Neurologia do hospital, apesar do custo elevado, o procedimento pode reduzir despesas a longo prazo, oferecendo qualidade de vida ao paciente.

A mãe de Eduardo, Selma dos Santos Moreira, destaca a dificuldade da família em lidar com as convulsões frequentes, que impedem que ele tenha uma vida independente, como dirigir ou trabalhar.

André Ferreira vê a oferta do exame como um avanço importante para o hospital e para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Foram comprados dois aparelhos, cada um custando R$ 400 mil, com recursos viabilizados pelo deputado distrital Jorge Vianna. As primeiras consultas são para pacientes com ações judiciais. A Secretaria de Saúde do DF e o IgesDF organizam a agenda e ampliam o serviço para atender mais pessoas.

Duas salas foram preparadas para o exame, com ambientes de controle para os médicos acompanharem o procedimento. Foram instalados ar-condicionado, câmeras, computadores e equipamentos específicos para garantir o funcionamento adequado.

Quatro técnicas de enfermagem passaram por treinamento de três semanas para operar o exame, como a técnica Maria Balbina dos Santos, que já tem experiência com exames neurológicos. Ela relata que foi uma experiência de muito aprendizado e troca de conhecimento.

O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, afirma que o vídeo-EEG amplia a capacidade de diagnóstico do hospital e proporciona um cuidado mais eficaz para pacientes com doenças neurológicas. A iniciativa representa um passo importante para fortalecer a rede pública e ampliar o acesso a tecnologias antes não disponíveis na rede pública do DF.

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