Cláudio de Souza Cavalcante, de 54 anos, teve sua prisão em flagrante transformada em preventiva na última terça-feira (30/7), por decisão da juíza substituta do Núcleo de Audiências de Custódia (NAC). Ele foi detido acusado de maus-tratos previstos no Estatuto do Idoso, além de omissão de socorro e violência doméstica contra a mulher.
Na audiência, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) defendeu a prisão e a manutenção dela, enquanto a Defensoria Pública pediu a liberdade provisória. A juíza acolheu o pedido do MPDFT, ressaltando que o flagrante estava dentro da lei e que não havia motivos para soltura, pois Cláudio tem histórico de reincidência em crimes contra a própria mãe.
A decisão judicial destacou que o réu repetidamente praticou violência e abandono contra a mãe, uma senhora de 75 anos, encontrada em estado grave, com ferimentos recentes e sem seus objetos essenciais. A juíza frisou o risco para a ordem pública e negou medidas alternativas à prisão.
Além disso, o caso chamou atenção pela morte da avó do acusado, em situação que levanta suspeitas de negligência. O processo foi encaminhado à Central Judicial da Pessoa Idosa para que sejam tomadas as medidas protetivas necessárias.
A prisão ocorreu na manhã de terça-feira (29/7) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na Asa Sul, durante a Operação Curare, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin). Cláudio é investigado por manter sua mãe, com Alzheimer avançado, em condições severas de abandono.
Ao chegar ao apartamento, os policiais encontraram o local muito sujo, com forte cheiro de urina, manchas de sangue no chão e falta de alimentos e remédios para a idosa. Ela foi achada desorientada e andando sozinha na rua, descalça e com ferimentos no braço e no pé.
A vítima não conseguia dizer onde morava nem o motivo de estar na rua. O zelador do prédio a reconheceu e informou o endereço à polícia. Durante a ação, Cláudio admitiu trancar a mãe dentro de casa quando saía e não se preocupar com a saúde dela, mesmo com o ferimento no pé, que disse ter sido causado por uma mordida de cachorro.
Informações do TJDFT