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terça-feira, 19/08/2025

Homem preso por matar gari está junto do filho que matou a mãe

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Após audiência de custódia que transformou a prisão do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior em preventiva, ele foi transferido na quarta-feira (13/8) para o Presídio de Caeté, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Renê, 47 anos, cumpre pena na mesma prisão que Matteos França, de 32 anos, acusado de assassinato da própria mãe, uma professora, em 20 de julho.

Detido, Matteos — que exercia cargo comissionado na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social desde 2021 — confessou ter cometido o homicídio devido a dívidas contraídas com empréstimos consignados usados para financiar apostas em jogos.

O assassinato foi planejado: para confundir a investigação, Matteos simulou um caso de violência sexual.

Detalhes do caso do empresário

Mestre em agronomia pela Universidade de São Paulo (USP), Renê é casado com uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Ele possui formações adicionais na Fundação Dom Cabral e na Harvard Business School.

Renê ocupou cargos de CEO, vice-presidente e diretor executivo em diversas organizações. Recentemente, foi desligado do cargo de diretor de negócios em uma holding do setor alimentício.

Na tarde de segunda-feira (11/8), em Belo Horizonte, Renê foi preso após matar um gari durante uma discussão no trânsito.

O crime ocorreu pela manhã no bairro Vista Alegre, quando o gari trabalhava na coleta de lixo. Testemunhas disseram que Laudemir e outros trabalhadores recolhiam resíduos quando Renê passou de carro.

Renê pediu que o caminhão de lixo saísse da pista para que seu veículo elétrico pudesse passar. Após um breve desentendimento com a motorista, ele saiu do carro armado e disparou tiros.

Laudemir foi atingido na costela. Renê fugiu em seu veículo e a vítima foi socorrida e levada ao hospital, porém morreu devido à hemorragia interna provocada pelo projétil.

Prisão e depoimento

Renê da Silva Nogueira Junior foi detido horas após o crime em uma academia de luxo no bairro Estoril, durante operação conjunta das polícias Civil e Militar.

Ele foi levado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou que naquele dia saiu de casa para ir ao trabalho em Betim (MG), depois voltou para casa, passeou com os cachorros e foi à academia, local onde foi preso.

O delegado Evandro Radaelli divulgou em coletiva que Renê negou estar presente no local do crime, mencionou um trânsito atípico no trajeto e apresentou horários fragmentados de suas atividades no dia do homicídio.

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