A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está considerando alterar a acusação contra Cléber Lúcio Borges, de 55 anos, para tentativa de feminicídio. Ele foi preso após ser gravado agredindo violentamente a esposa dentro do elevador de um prédio residencial no Guará 2, na madrugada do dia 1º de agosto.
Atualmente, Cléber está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Polícia do Guará pelo crime de lesão corporal. No entanto, o delegado Marcos Paulo Loures, responsável pelas investigações, solicitou ao hospital onde a vítima está internada todos os exames médicos. Após análise dos laudos, a polícia poderá alterar a tipificação do crime para um delito mais grave.
O casal vive no edifício Via Boulevard, no Guará II. As imagens gravadas pelas câmeras de segurança do condomínio mostram Cléber agredindo a companheira, uma mulher de 34 anos, com socos e cotoveladas guiado pela violência e sem chance de defesa.
No vídeo, que tem cerca de dois minutos, a cena começa com Cléber descendo no elevador e surpreendendo a esposa com um soco assim que as portas se abrem. A mulher tentava acessar o elevador para subir ao apartamento do casal.
Logo depois, os dois entram juntos no elevador, e as agressões continuam até que a vítima cai no chão. Mesmo quando ela se levanta para tentar se defender, Cléber continua as agressões. Por um breve momento, eles discutem, mas as agressões recomeçam quando ele arranca a bolsa da mão da mulher e saca um objeto.
No fim do vídeo, o empresário sai do elevador enquanto a esposa continua caída no chão, pressionando um botão para chamar o elevador a outro andar.
Prisão e apreensão de armas
Cléber foi detido em 7 de agosto por posse ilegal de armas durante o cumprimento de um mandado de busca na casa dele, expedido pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, no decorrer do mesmo inquérito que investiga as lesões corporais contra a esposa.
Durante a operação, foram encontradas na residência duas armas de fogo, incluindo uma pistola Beretta calibre .22 e uma arma antiga de calibre desconhecido, além de 518 munições de calibres variados.
Ele foi conduzido à 4ª Delegacia, preso em flagrante, e teve fiança estipulada em R$ 25,9 mil. Apesar de realizar o pagamento, o empresário segue preso preventivamente por decisão judicial nos autos relacionados à violência doméstica.
Por meio de nota, a defesa de Cléber declarou que as respostas cabíveis serão dadas durante o processo. “O caso está sendo investigado, e as condutas mencionadas ainda não foram formalmente denunciadas. Todas as medidas de defesa estão sendo adotadas. O investigado está comprometido com a apuração dos fatos e mantém sua integridade”, disse a defesa.