Uma garota de programa de 19 anos, identificada como Ana Clara Garcia Veloso, foi brutalmente assassinada em uma casa na cidade de Ubá, Minas Gerais. O episódio deixou a comunidade local chocada pela frieza do suspeito, um homem de 29 anos, que tentou dissimular o crime antes de ser detido nesta terça-feira (9/9).
Conforme relatado pela Polícia Militar, o corpo da vítima foi encontrado sem vida do lado de fora da residência. Ele estava parcialmente envolvido em um lençol branco e vestia apenas roupas íntimas. Os sinais no local indicavam violência: a jovem apresentava marcas de estrangulamento, o que levou à suspeita de feminicídio desde o início das investigações.
O dono da casa, que alugou o imóvel para o suspeito, permitiu a entrada dos policiais. Dentro da residência, foram vistos vestígios de sangue no portão e diversos cômodos, confirmando que o assassinato ocorreu no interior antes que o corpo fosse movido para fora.
Durante a perícia da Polícia Civil, os investigadores encontraram manchas de sangue na sala e no quarto da casa. Além disso, chamou atenção a falta de objetos pessoais da vítima: roupas e o celular de Ana Clara não foram localizados, levando a suspeita de ocultação de provas por parte do agressor.
O imóvel é ocupado por Jonathan de Oliveira Martins, 29 anos, que estava desaparecido. Enquanto a polícia realizava os trabalhos no local, começaram as buscas por ele. Informações do seu emprego indicavam que ele havia saído cedo do trabalho alegando mal-estar e que buscaria atendimento médico.
Seguindo essa pista, os agentes foram até o Hospital São Vicente e encontraram o suspeito com escoriações visíveis no rosto e no pescoço, indicando uma luta corporal recente.
Durante o interrogatório, Jonathan confessou o assassinato. Ele relatou que contratou os serviços de Ana Clara via um site especializado em prostituição, onde a vítima usava o nome falso de Carol Souza. Na madrugada, dentro da casa, discutiram sobre o valor combinado, o desentendimento evoluindo para agressões físicas, culminando no estrangulamento da mulher.
Após o crime, ele arrastou o corpo até o portão da residência, envolveu-o em um lençol e foi trabalhar normalmente, tentando aparentar uma rotina habitual para evitar suspeitas.
Jonathan foi preso imediatamente após a confissão e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Ubá, sendo posteriormente encaminhado ao presídio local, onde permanece à disposição da Justiça.
O delegado responsável, Giovane Rodrigues de Faria Dantas, qualificou o ato como cruel, destacando a insensibilidade do acusado ao continuar seu dia como se nada tivesse ocorrido após o homicídio.